Cavaco Silva fala ao país esta quarta-feira às 20h15

Presidente da República deverá anunciar aos portugueses a data de 25 de Maio para a realização das eleições europeias. Mas é provável que se pronuncie sobre os assuntos europeus.

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Pedro Cunha / Arquivo

O Presidente da República vai fazer uma comunicação ao país esta quarta-feira pelas 20h15, avançou a TSF, numa notícia depois confirmada ao PÚBLICO. Cavaco Silva anunciará aos portugueses a data de 25 de Maio para a realização das eleições europeias. O Presidente deve, no entanto, ir um pouco mais longe, não prescindindo de se pronunciar sobre os assuntos europeus, nomeadamente o pós-troika.

Na segunda-feira, o chefe de Estado cumpriu uma ronda de audições aos partidos para poder, de seguida, convocar as eleições para o Parlamento Europeu. Todos os partidos recebidos em Belém manifestaram ao Presidente a sua concordância relativa à realização do sufrágio a 25 de Maio, já que é o único domingo no período que o Parlamento Europeu impôs para as eleições. Todos os estados membros têm que eleger os respectivos eurodeputados entre 22 e 25 de Maio.

Portugal perde nestas eleições um deputado, passando de 22 para 21 devido ao alargamento da União Europeia à Croácia.

Cavaco Silva recebe esta quarta-feira às 18h o primeiro-ministro para a habitaul reunião semanal. Antes, Passos Coelho estará na Assembleia da República para o debate quinzenal.

Esta comunicação ao país acontece dois dias depois de Pedro Passos Coelho e António José Seguro terem estado reunidos cerca de três horas na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento. O convite do chefe de Governo ao líder da oposição para debater a estratégia orçamental pós-troika resultou nas declarações de Seguro de que há "divergências insanáveis" entre o principal partido da oposição e o Governo quanto à estratégia para equilibrar as contas públicas.

No início deste mês, o Presidente voltou a considerar “preferível” um programa cautelar a uma saída limpa para o período pós-troika. No prefácio do livro Roteiros VIII, Cavaco aponta a “volatilidade dos mercados” e a falta de consenso político como dois argumentos para sustentar a sua posição. Já antes, o Presidente da República comparara um programa cautelar a uma espécie de "rede de segurança" para o país.


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