Francisco Pinto Balsemão, escolhido por Passos Coelho para presidir às comemorações dos 40 anos do 25 de Abril e do PSD, reconheceu haver nestas festividades uma "preocupação clara em enfatizar os valores [da social-democracia] que estão na origem do PSD".

Na conferência de imprensa dada esta terça-feira para anunciar o programa das comemorações, o militante número 1 do PSD defendeu que "não basta a liberdade, porque sem a solidariedade, a liberdade não existe".

O presente e a projecção para o futuro da social-democracia serão sublinhados por estes festejos, sublinhou, por seu turno, o presidente da comissão permanente do PSD, Marco António Costa, que faz parte do grupo coordenador das comemorações, presidido por Pinto Balsemão. "São comemorações inclusivas, em que todos estão convidados", afirmou Marco António Costa aos jornalistas, respondendo a uma pergunta sobre os antigos líderes do partido.  

Com um programa de um ano de comemorações, em que a seta do PSD muda de laranja para vermelho, a primeira iniciativa acontece já a 16 de Março, com a revolta das Caldas, em que os militares serão homenageados, e que terá a presença do líder Passos Coelho.

Está previsto um conjunto de conferências, em todos os distritos, em que se falará de reformas políticas em que o PSD participou. No dia 6 de Maio, uma sessão no Porto marcará o dia em que se assinalam os 40 anos do partido. 

As comemorações, que só terminam em 6 de Maio de 2015, incluem ainda a criação de um site onde constarão histórias de militantes. O próprio Balsemão disse que a sua mulher irá contar como é que o programa fundador do partido foi batido à máquina em sua casa, durante a madrugada, "não numa Olivetti", gracejou, numa alusão a Marcelo Rebelo de Sousa, que no último congresso do PSD recordou ter elaborado os princípios do partido numa máquina de escrever daquela marca.