BE acusa deputado do PSD de ser “fantoche” ao dar a cara pelo referendo da co-adopção

O deputado da JSD Hugo Soares foi o alvo das críticas dos bloquistas que estão em jornadas parlamentares no distrito de Braga.

Foto
A actual direcção aponta os nomes dos deputados João Semedo e Catarina Martins Manuel Roberto

Hugo Soares, o primeiro subscritor do referendo da co-adopção e da adopção de crianças por casais do mesmo sexo, esteve esta segunda-feira à noite no centro do ataque dos dirigentes do BE. Adelino Mota, líder da distrital de Braga, distrito pelo qual o actual líder da JSD foi eleito deputado, considerou que Hugo Soares foi um “fantoche” ao dar a cara pelo referendo.

“Um jotinha retrógado que deu a cara por esta proposta e que teve o seu minuto de glória a fazer o que lhe mandaram”, disse Adelino Mota. Ao defender o referendo sobre a co-adopção e adopção de crianças por casais do mesmo sexo, Hugo Soares prestou um serviço ao partido ao “piscar o olho à igreja mais conservadora que tem andado de candeias às avessas com este Governo”.

Na véspera de terminar o prazo para o Presidente da República enviar ou não a proposta de referendo aprovada na Assembleia da República devido à disciplina de voto decidida pela bancada do PSD, também a dirigente e deputada Cecília Honório criticou que “um país que vive mergulhado na austeridade seja agora confrontado com esta sinistra proposta de referendo”.

Cecília Honório falou num “ajuste de contas entre facções do PSD, fazendo o jeito a uma direita ultraconservadora”, repetindo que “direitos fundamentais não se referendam” e que “as crianças mereciam uma resposta rápida”.

A líder do partido, Catarina Martins, concluiu que a “direita reaccionária avança apagando as lutas, as conquistas e os direitos de quem constrói a democracia” e deu mais dois exemplos além da proposta de referendo sobre a co-adopção e adopção: a estátua do cónego Melo, em Braga, e a entrega da gestão dos hospitais às misericórdias.
 

Sugerir correcção
Comentar