Deputados do Bloco em Braga concentrados nas questões da saúde e do trabalho

Partido vai avançar com proposta para repor o horário de trabalho nas 35 horas semanais.

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O BE fala esta tarde sobre a proposta do PSD Nuno Ferreira Santos

Depois de um fim-de-semana internamente agitado, os deputados do BE começam o dia de hoje em Braga no âmbito das jornadas parlamentares do partido subordinadas à defesa do Estado Social.

Com as questões da saúde a abrir os trabalhos, o grupo parlamentar irá apresentar amanhã, terça-feira, várias iniciativas legislativas sobre as alterações ao Código do Trabalho. Já na semana passada, o Bloco, mas também o PS e o PCP, comunicaram que têm preparadas mais de 200 propostas de alteração à legislação laboral, sendo cerca de oitenta da autoria dos bloquistas.

Entre as propostas de lei do BE estão a reposição do horário de trabalho de 35 horas semanais para os funcionários públicos, assim como o valor pago pelo trabalho extraordinário e nocturno e a eliminação do sistema de requalificação e da mobilidade especial para os trabalhadores do Estado. O conjunto destas propostas será discutido a partir de 4 de Fevereiro na comissão parlamentar de Segurança Social e Trabalho, depois de ter sido criado um grupo de trabalho específico para analisar estas iniciativas legislativas.

Depois de, no sábado, a reunião da Mesa Nacional do partido - onde era expectável ter sido discutida a situação política e a preparação das eleições europeias - ter ficado marcada pela demissão da até então dirigente Ana Drago, os deputados estão esta segunda-feira em Braga onde começam o dia com uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.

Mas será o impacto das políticas de austeridade na saúde a dominar os trabalhos bloquistas, com o coordenador João Semedo a visitar o hospital de Barcelos. As jornadas terminam com Pedro Filipe Soares, líder parlamentar, a apresentar um conjunto de iniciativas na área do trabalho. "Demonstraremos como a saída económica [para a crise] que este Governo apresenta não responde às necessidades das famílias", diz Pedro Filipe Soares, sublinhando a importância de fazer um "diagnóstico real" e encontrar soluções para a economia e para o emprego, com “grande preocupação” com o desemprego jovem.
 
 

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