Passos quer entendimento com PS traduzido em trabalho concreto

Primeiro-ministro reitera que é possível um entendimento com o maior partido da oposição.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu este sábado que as manifestações de intenção de entendimento entre o Governo e o PS devem ser "traduzidas por trabalho concreto".

Passos Coelho reiterou a convicção de que é possível um entendimento com o maior partido da oposição e que "o que é agora importante" é passar à prática, e que seja de uma forma "mais discreta ou mais abertamente".

O chefe do Governo já tinha manifestado a convicção, na sexta-feira, em Aveiro, que é possível, até Abril, um acordo com o PS quanto aos limites da despesa pública, o que dará tranquilidade aos mercados para obter juros baixos após a saída da troika. Menos de 24 horas depois, Passos Coelho reiterou este propósito em Bragança, à margem de mais uma sessão de esclarecimento sobre a sua recandidatura à liderança do PSD.

"É muito importante vincar este aspecto: nós devemos procurar, em matérias que são de fundo, um entendimento o mais alargado possível. Podemos obtê-lo ou não", declarou, ressalvando que "o país não deixará de prosseguir o seu caminho se esse entendimento não for alcançado". Mas, insistiu, Portugal fará "um caminho melhor" se houver esse entendimento e, por essa razão, este tem de ser procurado.

O líder social-democrata quer um acordo com os socialistas sobre "a involução da despesa" e defendeu que "o país tem tudo a ganhar" se for possível um entendimento sobre o documento de estratégia orçamental que fixa esses objectivos até 2017. O primeiro-ministro gostaria de "ter um entendimento a tempo" de o Governo remeter o documento ao Parlamento e à Comissão Europeia.

Passos Coelho lembrou que "o líder do Partido Socialista já, em algumas ocasiões, afirmou que estava disponível e entendia que era importante que o PS se comprometesse externamente com uma involução da despesa no médio prazo" e frisou que o Governo tem "o mesmo objectivo".
 

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