Forte nevão fez 11 mortos no nordeste dos EUA

O frio bate recorde. Termómetros deverão chegar aos 20 graus negativos em alguns estados.

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A primeira grande tempestade de neve de 2014, baptizada de “Hércules”, deixou o nordeste dos EUA a meio-gás: desde o início do ano já morreram pelo menos 11 pessoas, foram cancelados milhares de voos internos e internacionais, os transportes públicos circulam com atrasos. E as previsões apontam para temperaturas mínimas históricas – abaixo dos 20 graus negativos – nos próximos dias.

Em Filadélfia, um funcionário municipal morreu esmagado após o desabamento de um monte de sal de 30 metros de altura, usado nas estradas para evitar o congelamento. Em Nova Iorque, uma mulher de 71 anos que sofria de Alzheimer morreu de frio depois de ter saído de casa, segundo a AFP. Duas pessoas morreram em acidentes de viação, outras sete mortes foram atribuídas ao frio que se faz sentir em vários estados do nordeste.

Em Nova Iorque, foram cancelados 1650 voos nos aeroportos de Newark, LaGuardia e JFK – este último esteve encerrado durante três horas, tendo já reaberto. No total, segundo a AFP, foram cancelados cerca de 5000 voos nos EUA desde quinta-feira - dos quais 3500 só na sexta-feira. Mais de 12 mil registaram atrasos, particularmente nos aeroportos de Filadélfia e de Newark, mas a situação deve normalizar neste sábado, segundo a Reuters.

Apesar da passagem dos limpa-neves as ruas estão cobertas por um manto branco, que chegou aos 15 centímetros de altura no Central Park, em Nova Iorque. Em Times Square, as temperaturas de 10 graus negativos não assustaram os turistas, que encontraram mais uma actividade para fazer na cidade que nunca dorme: atirar bolas de neve e fazer bonecos. Em Boxforf, a norte de Boston, a neve atingiu os 61 centímetros de altura, batendo recordes.

A neve parou de cair entretanto mas as temperaturas não. Neste sábado, os termómetros deverão chegar aos 20 graus negativos e a situação tende a piorar. Na terça-feira, o nordeste deverá ser atingido por uma massa de ar frio polar, segundo disse à Reuters Bob Oravec, do Serviço Nacional de Meteorologia. A cidade de Chicago, no Estado do Illinois, pode chegar aos 29 graus negativos, e Pittsburg, na Pensilvânia, deve chegar aos 24 graus negativos.

"Incrivelmente, pode parecer que estão entre menos 45 e menos 51 graus, no domingo à noite", divulgou o Serviço Nacional de Meteorologia. As autoridades aconselham as pessoas a ficarem em casa. Até porque a circulação é difícil: os transportes públicos, como o metro e os comboios, circulam com atrasos, e nos últimos dois dias houve centenas de acidentes de viação nos vários estados.

Em Filadélfia, foram fechadas as escolas. O governador do Minnesota ordenou o encerramento de todas as escolas públicas na segunda-feira. Em Chicago, os estabelecimentos vão estar abertos mas as autoridades deixam os pais decidirem se querem mandar os filhos para a escola ou não. Os governadores de Nova Jérsia e de Nova Iorque accionaram o estado de emergência. Os serviços de apoio aos sem-abrigo, em Nova Iorque, estão em "código azul", tendo duplicado o número de carrinhas de patrulha nas ruas à procura de pessoas que precisem de apoio.

O frio e a neve chegaram também ao Canadá, onde os termómetros marcaram 29 graus negativos nesta sexta-feira, depois do recorde de 39 graus negativos atingido na quinta-feira, no Quebec. É preciso regressar a 1968 para encontrar registo de temperaturas tão baixas. Um forte nevão caiu na sexta-feira à tarde nas províncias da costa atlântica, com a neve a chegar aos 30 centímetros de altura.

 
 


 
 
 

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