Dois jornalistas franceses mortos no Mali

As forças armadas de França têm colaborado com o Governo do país no combate a movimentos independentistas.

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Uma rua de Kidal KENZO TRIBOUILLARD/AFP

Dois jornalistas da estação Radio France Internationale foram raptados e mortos pouco depois na localidade de Kidal, no Mali, onde a França tem presença militar.

Os dois repórteres, que já tinham estado na localidade em Julho, tinham acabado de entrevistar um líder político local quando foram raptados. O entrevistado, Ambeiry Ag Rhissa, de um grupo separatista tuaregue, contou à agência Reuters que os dois franceses tinham acabado de sair de casa dele quando ouviu “um barulho estranho”. “Imediatamente saí para ver [o que se passava] e, quando abri a porta, um homem com um turbante apontou-me uma arma e disse-me para voltar para dentro”.

Os jornalistas foram obrigados a entrar num jipe, que pouco depois estava a ser perseguido pelas autoridades locais. Os corpos foram encontrados baleados a 12 quilómetros de Kidal.

Kidal foi o centro de uma revolta tuaregue no ano passado. A região regressou no início do ano ao controlo do Governo com a ajuda militar da França.

Um comunicado do Presidente francês, François Hollande, classificou o acto como “desprezível”. O ministério dos Negócios Estrangeiros disse estar a trabalhar com as autoridades do Mali para perceber as circunstâncias das mortes. Já o ministério da Defesa notou que os jornalistas tinham sido, poucos dias antes, aconselhados a não viajar para aquela região, por motivos de segurança, e que os militares franceses se tinham recusado a lever os repórteres a Kidal.

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