União Europeia de Radiodifusão pede ao Governo grego para não fechar TV pública

Centenas de trabalhadores continuam nas instalações da sede da estação, encerrada abruptamente na terça-feira.

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Conferência de imprensa de Jean-Paul Philippot, na sede da ERT John Kolesidis/Reuters

A União Europeia de Radiodifusão (UER) pede ao Governo grego para “reconsiderar” a decisão de encerrar a estação de rádio e televisão pública, ERT, e “restabelecer o seu sinal”.

“Numa carta que vamos entregar esta tarde ao ministro grego das Finanças, Yannis Stournaras, pedimos ao Governo para reconsiderar a sua decisão”, disse o presidente da UER numa conferência de imprensa, nesta sexta-feira, na sede da ERT, em Atenas.

Centenas de trabalhadores continuam nas instalações da sede da ERT, encerrada abruptamente na terça-feira, por decisão do primeiro-ministro Antonis Samaras, do partido de centro-direita Nova Democracia, e sem o acordo de outras forças da coligação.

Os socialistas do Pasok e o partido de esquerda democrática Dimar, que integram o Governo, manifestaram discordância com o encerramento, afirmando que é necessária uma reestruturação mas com a “ERT aberta”.

Depois da tomada de posição destes partidos, Samaras aceitou uma reunião “tripartida”, na próxima segunda-feira. Disse que vai procurar “consenso”, mas recusa voltar atrás. O encontro de segunda-feira destina-se a encontrar uma solução “comum”  para criar uma nova estação de rádio e televisão “o mais depressa possível”, disse fonte governamental à AFP.

Desde que foi interrompida a emissão, milhares de cidadãos têm permanecido concentrados junto à sede da ERT, em defesa da sua continuidade. Os jornalistas estão, desde essa altura, a produzir programas sobre a evolução do caso e as manifestações de apoio à ERT, transmitidos pelos sites da UER, que contesta o encerramento do serviço público de rádio e televisão.

 “Vamos continuar a ocupação até à abertura da estação e à retirada do acto legislativo que ordena o encerramento”, disse Nikos Tsimpidas, um representante do sindicato dos trabalhadores da estação pública. “A questão é agora política, há uma crise governamental e é preciso resolvê-la”, acrescentou.

 

 

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