PSD não toma posição sobre conteúdo das medidas anunciadas por Passos

Moreira da Silva diz que redução da despesa abre espaço para a prazo baixar carga fiscal.

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Jorge Moreira da Silva Pedro Cunha/Arquivo

O primeiro vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva foi lacónico quanto à posição do partido sobre as medidas anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro. “A direcção do PSD é solidária quanto à opção do Governo”, disse em resposta aos jornalistas à margem de uma reunião da comissão política nacional, sublinhando que não está em causa o cumprimento das metas nem a opção de aumentar os impostos. “A redução da despesa, através da reforma do Estado não só permitirá cumprir as metas mas também a prazo permitirá reduzir a carga fiscal”, acrescentou.

Na sua intervenção inicial, o coordenador da comissão política também não tomou posição sobre as medidas em si, considerando apenas como “muito meritório” que o Governo tivesse remetido para a troika o plano das medidas de forma a aproveitar a “janela temporal da reunião do Eurogrupo e do Ecofin”.

A abertura para o diálogo com os parceiros sociais e com o PS voltou a ser sublinhada, deixando até um desafio directo aos socialistas. “Estamos a fazer praticamente tudo o que o PS pretende”, disse Moreira da Silva, referindo-se à vontade que os socialistas manifestaram em que o Governo apresentasse medidas para não debater apenas princípios gerais.

“O Governo fez a vontade ao PS e agora também compete ao PS dizer se concorda ou não, se pretende substituir por outra e qual o impacto financeiro” dessa proposta, afirmou Moreira da Silva.

Questionado sobre a intenção do PS de transferir para o Parlamento, designadamente para a comissão de Economia, esse debate de propostas, o dirigente do PSD acabou por admitir que “esse diálogo também pode ser no espaço parlamentar”. 

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