Passos: sem regresso aos mercados não haveria “optimismo moderado”

Oposição argumenta que regresso aos mercados é mérito do Banco Central Europeu.

Foto
Líder da bancada do PSD acusa PS de não querer reduzir impostos nem cortar despesa Rui Gaudêncio

O primeiro-ministro defendeu nesta sexta-feira que se a operação de regresso aos mercados falhasse, “o moderado optimismo das famílias e dos portugueses" ter-se-ia "afundado”. O que aconteceu “não é estrito mérito do Governo”, reconheceu, embora refute a ideia do papel fundamental desempenhado pelo Banco Central Europeu, como argumentam PS, PCP e BE.

Passos Coelho respondia ao líder parlamentar da bancada do CDS, Nuno Magalhães, que tinha pedido ao primeiro-ministro para explicar “à esquerda do quanto pior melhor” a “importância de ter credibilidade externa” na sequência do regresso aos mercados.

“A pergunta não é quais os benefícios, mas qual o prejuízo para Portugal do falhanço deste processo”, questionou, para a seguir responder: “[O que] teria acontecido é que hoje o moderado optimismo das empresas e das famílias teria afundado.”

Pelo PSD, o líder da bancada gastou parte da sua intervenção a criticar o PS por se recusar a participar no debate da reforma do Estado e na comissão criada no Parlamento para esse efeito.  “O PS não quer diminuir impostos nem cortar despesa. Tem falta de coragem”, apontou.

Referindo-se à vida interna do partido, Montenegro estendeu a crítica à liderança de António José Seguro e ao eventual candidato a secretário-geral, dizendo que essa escusa em cortar na despesa é valida, “seja com Seguro seja com Costa”.

Passos Coelho sublinhou a necessidade de realizar “poupanças permanentes para além de 2014”, tarefa que “não se esgota neste debate sobre a reforma do Estado”. E reiterou as críticas aos socialistas: “Não querem impostos, nem recessão, nem défice. Mas querem que o país cresça, invista e possa haver o milagre da economia.” 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar