Obama promete apresentar até Janeiro propostas para regular uso de armas

Vice-presidente vai coordenar trabalho para apresentar propostas ao Congresso. Obama promete usar todos os seus poderes para evitar mais tragédias

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O vice-presidente Joe Biden vai coordenar o esforço da Administração Obama Olivier Douliery/Abaca Press/MCT

Barack Obama prometeu que vai apresentar ao Congresso propostas para controlar as armas de fogo “até Janeiro”, encarregando o vice-presidente Joe Biden de coordenar uma comissão para coordenar os trabalhos para encontrar uma resposta ampla para este problema

 

“Vou usar todos os poderes deste cargo para ajudar a evitar mais tragédias como estas”, anunciou o Presidente dos Estados Unidos, num discurso na Casa Branca, no rescaldo do massacre da escola de Sandy Hook, em Newton, no Connecticut.

Biden tem experiência de trabalhar em legislação para controlar armas de fogo durante o seu tempo no Senado. Agora, vai coordenar o trabalho de várias agências governamentais, para desenvolver uma resposta rápida, aproveitando uma onda de simpatia para com a ideia de controlar e regular o porte de armas. 

Obama concedeu que acredita que na Segunda Emenda da Constituição – a que dá o direito ao porte de arma a todos os americanos –, mas frisou pensar que todos os entusiastas das armas de fogo devem levar em conta, após o assassínio de 20 crianças com idades entre os cinco e os sete anos, que é de bom senso haver restrições. “Um homem desequilibrado não deve poder ter acesso a uma arma pesada semelhante às usadas pelos militares”, afirmou.

“Numa era da tecnologia, devíamos ser capazes de fazer uma verificação dos antecedentes de todas as pessoas que compram uma arma numa feira de armamento”, sublinhou o Presidente. Todas as tentativas para o fazer, no entanto, têm sido bloqueadas pelo poderoso lobby das armas, a National Riffle Association (NRA), que tem sido completamente contra a informatização dos registos das vendas de armas ou a criação de um registo nacional de proprietários de armas de fogo, adianta o Washington Post.  

“Para este esforço ter sucesso, vai precisar da ajuda do povo americano. Vai precisar de si”, disse Obama, dirigindo-se directamente aos eleitores e cidadãos. 
 
 
 

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