Estados Unidos retiram pessoal de representações na Tunísia e no Sudão

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Protestos contra os EUA este sábado, na capital tunisina Aref Karimi/AFP

Todo o pessoal não essencial deverá abandonar as representações norte-americanas na Tunísia e no Sudão, anunciou o departamento de Estado depois dos ataques às embaixadas durante os violentos protestos contra o filme The Innocence of Muslims. Desaconselhou também os seus cidadãos a viajarem para estes países.

O Ministério do Interior da Tunísia, onde quatro pessoas morreram e 49 ficaram feridas depois de um ataque de islamistas radicais à embaixada norte-americana, prometeu uma perseguição aos responsáveis. Já foram detidas dezenas de pessoas. Um gesto para garantir que as relações entre Tunes e Washington não sairão afectadas.

Também no Sudão – que no sábado se recusou a receber as tropas especiais que os Estados Unidos decidiram enviar para reforçar a segurança junto à sua embaixada – dois manifestantes morreram nos protestos. Em Cartum, uma multidão de cinco mil pessoas atacou as embaixadas dos Estados Unidos, do Reino Unido e também da Alemanha. Pegaram fogo à última.

O departamento de Estado dos Estados Unidos desaconselhou as viagens a estes dois países e pediu aos norte-americanos que “evitem todas as manifestações públicas e todos os encontros políticos”. Isto porque “mesmo as manifestações que pareçam pacíficas podem tornar-se agressivas e violentas”.

The Innocence of Muslims

foi realizado por um copta radical egípcio a viver nos Estados Unidos. Enfureceu os muçulmanos, ridicularizados com o seu profeta Maomé, apresentado como um mulherengo e bandido. Gerou protestos da Nigéria à Indonésia, que se estenderam também a cidades europeias. Nalguns países, grupos de radicais salafistas atacaram mesmo as embaixadas e consulados dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.

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