Trump anuncia que escreveu o discurso de tomada de posse

A decisão foi comunicada na terça-feira pela sua equipa. Na quarta-feira, Trump partilhou "a prova" no Twitter.

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Donald Trump e a mulher, Melania, à chega a Washington, esta quinta-feira Jonathan Ernst/Reuters

Esta sexta-feira Donald Trump toma posse como Presidente dos EUA e, de acordo com dois membros da sua equipa, citados pela CNN, o discurso que marcará a tomada de posse de Trump foi escrito pelo próprio.

Esta é uma mudança na estratégia dos discursos de Trump, que durante a campanha contou com os textos preparados pelo seu consultor sénior de política Stephen Miller, nos quais Trump apenas interferia com alguns comentários, lembra a CNN.

Esta quarta-feira, Donald Trump partilhou uma fotografia onde surge sozinho, sentado a uma secretária, com uma caneta e um bloco de notas, apenas. Na legenda, Trump disse tratar-se de uma imagem capturada enquanto escrevia o seu discurso de tomada de posse. De acordo com o Presidente eleito, a imagem já tem três semanas.

 

 

Writing my inaugural address at the Winter White House, Mar-a-Lago, three weeks ago. Looking forward to Friday.

A photo posted by Donald J. Trump (@realdonaldtrump) on

 

Na fotografia, Trump detalha ainda que estava a escrever na mansão Mar-a-Lago, em Palm Beach, uma casa projectada na década de 1920 que serviria como residência de Inverno para presidentes norte-americanos. A propriedade foi adquirida em 1985 pelo multimilionário (e agora Presidente eleito), depois de ameaçar bloquear a vista da mansão, vencendo o processo judicial.

A 20 de Janeiro de 2009, Barack Obama retomava a tradição de fazer o juramento sobre a mesma Bíblia utilizada pelo Presidente Lincoln e tomava posse enquanto 44.º Presidente dos EUA. No seu discurso citou Thomas Paine, um dos pais fundadores dos EUA, e pedia aos norte-americanos que fossem responsáveis pela recuperação do país da crise financeira. Escolhia “esperança acima do medo, união acima de conflitos e discórdia”, e sublinhava a igualdade, liberdade e “oportunidades de perseguir a felicidade”.

“Recordemos que as antigas gerações derrotaram os regimes fascistas e comunistas não apenas com misseis e tanques, mas com alianças robustas e fortes convicções”, continuou.

“Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus, hindus e não-crentes”, dizia Obama em 2009. “Somos moldados por cada língua e cultura”, concluía. De Trump, a manter-se o discurso que o colocou na Casa Branca, poderão esperar-se palavras diferentes. 

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