Primeiro-ministro japonês visita Fukushima

Três dias depois da tomada de posse, Shinzo Abe passou uma hora e meia na central nuclear.

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Primeiro-ministro cumprimenta trabalhadores que estão a desmantelar central de Fukushima Reuters
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Para o novo Governo japonês a energia nuclear é importante para relançar economia Reuters
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Trabalhador mede o nível de radiação nuclear ao autocarro que transporta primeiro-ministro e jornalistas Reuters

Acompanhado pela comunicação social, o governante esteve hora e meia no local de Fukushima Daiichi (Fukushima N ° 1) um ano após a estabilização do complexo atómico. De recordar que a 11 de Março de 2011, após um terramoto seguido de tsunami, quatro dos seis reactores foram gravemente danificados. Na altura, enormes quantidades de substâncias radioactivas foram libertadas no ar, terra e mar.

"Obrigado a todos. É muito difícil, mas é graças a vocês que o trabalho está a progredir em direção ao desmantelamento ", disse Abe aos trabalhadores envolvidos no trabalho de desmontagem da central. "Nesta época de férias, mesmo que seja mais difícil para as vossas famílias, vocês estão a trabalhar com coragem para prevenir a segurança de todos", acrescentou.

Vestido com um fato especial e uma máscara no rosto, Shinzo Abe visitou, de autocarro, os reactores 5 e 6, os menos danificados. "Eu quero acelerar tanto quanto possível as operações" de desmantelamento para a revitalização de Fukushima, explicou. Para o governante é essencial essa revitalização para o crescimento do Japão. Se o anterior Governo era totalmente contra, o actual é a favor da energia nuclear e o novo ministro da Indústria já o declarou, logo no dia da sua nomeação. 

Cerca de 160 mil pessoas deixaram a área contaminada, parte do qual se tornou inabitável. Nestes dias, cerca de meia centena de pessoas pediram para voltar a Fukushima, para passar o final do ano. A autorização foi dada mas apenas por cinco dias, por razões de segurança.

Depois de sua visita à central nuclear, o primeiro-ministro foi a Kawauchi, também na zona atingida. Shinzo Abe parou na primeira loja de conveniência que reabriu na cidade fantasma e cumprimentou algumas pessoas de idade que ali se encontravam. "Nós somos refugiados", disse uma idosa à AFP. "Sabe, esta foi uma bela cidade antes, mas agora não são mais do que os idosos que estão prontos para voltar", acrescentou um homem.

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