Polícia brasileira detém dez suspeitos de preparação de actos terroristas

O grupo é suspeito de planear acções terroristas durante os Jogos Olímpicos, que começam a 5 de Agosto. Os integrantes do grupo trocavam mensagens através da rede social Telegram.

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Dispositivo de segurança junto ao Parque Olímpico, Rio de Janeiro Reuters
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Ministro da Justiça brasileiro Alexandre de Moraes em conferência de imprensa REUTERS/Adriano Machado
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A mascote dos Jogos, Vinicius. O ambiente é de festa... REUTERS/Ricardo Moraes
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...mas também de vigilância REUTERS/Stoyan Nenov
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REUTERS/Fabrizio Bensch

A Polícia Federal brasileira prendeu um grupo que se preparava para realizar actos de terrorismo no Brasil durante os Jogos Olímpicos, que decorrem de 5 a 21 de Agosto, no Rio de Janeiro. Foram detidas dez pessoas em dez estados do país – são todos brasileiros e um deles é menor de idade. A polícia deu início esta quinta-feira a uma operação apelidada de “Hashtag”.

Cerca de 130 polícias foram mobilizados para executar os mandatos judiciais nos estados brasileiros do Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, avançou a AFP. Os 12 mandatos de prisão temporária emitidos têm a duração de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais 30 dias, até ao final dos Jogos Olímpicos. Dois dos indivíduos não foram ainda detidos.

O ministro da Justiça brasileiro, Alexandre de Moraes, prestou declarações sobre este caso numa conferência de imprensa em Brasília, sem revelar muitos pormenores que possam pôr em risco a investigação em curso. Os suspeitos trocavam mensagens através de redes sociais como o WhatsApp e o Telegram e fazem parte de uma suposta célula do Estado Islâmico no Brasil.

“Foram presos dez indivíduos que passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico para actos preparatórios. A partir do momento que começaram actos preparatórios, foi feita prontamente a actuação por parte do governo federal”, assegurou o ministro Alexandre de Moraes. Um destes actos foi a tentativa de compra de uma arma – uma AK-47, importada do Paraguai –, que conduziu às detenções efectuadas.

Segundo a imprensa brasileira, a Polícia Federal não vai revelar o nome dos detidos, nem será traçado um perfil dos mesmos por questões de segurança e para “assegurar o êxito da operação”.

Alexandre de Moraes fala numa “acção desorganizada” deste grupo, caracterizando-o de “célula amadora”, reportou a AFP. O ministro revelou que um dos indivíduos aparenta ser o líder deste grupo e que é natural de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná.

Na passada segunda-feira, já tinha sido divulgado pela directora da agência norte-americana de inteligência SITE (Search for International Terrorist Entities) que o grupo extremista brasileiro tinha declarado apoio ao Estado Islâmico através da rede social Telegram, com a criação de um canal chamado Ansar al-Khilafah Brazil. 

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