Pelo menos 30 mortos num ataque suicida a uma sede da polícia no Curdistão iraquiano

Homens armados terão tentado tomar a sede da polícia no centro de Kirkurk.

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Imagem de atentado em Setembro de 2012. Kirkuk é palco frequente de violência Reuters

Pelo menos 30 pessoas morreram neste domingo num ataque de um bombista-suicida e de homens armados ao quartel-general da polícia, no centro da cidade de Kirkuk, na zona curda do norte do Iraque, noticiou a AFP.

A Reuters indicam que morreram 33 pessoas. Informações divulgadas à AFP por um general da polícia, Natah Mohammed Sabr, indicam que, no ataque, ocorrido em hora de ponta, foram também feridas cerca de 70 pessoas.

O ataque foi, segundo as informações policiais, iniciado por um kamikaze que guiou um veículo disfarçado de carro policial até à porta principal do complexo policial, onde o fez explodir. Três outros atacantes, vestidos com uniformes das forças de segurança, tentaram depois penetrar no edifício, contra o qual lançaram granadas, antes de serem abatidos Segundo a polícia tinha também usavam também cinturões com explosivos.

"Vi um veículo parar junto à entrada principal e a polícia começou a controlá-lo", contou uma testemunha, Khosrat Hassan Karim, à AFP. "De repente houve uma explosão, foi terrível. Nunca vi uma explosão assim na minha vida", acrescentou. 

Quer as instalações da polícia quer edifícios próximos e viaturas foram danificado pela explosão.O ataque não foi, pelo menos para já, reivindicado.

Há duas semanas, pelo menos dez pessoas foram mortas num ataque de um bombista-suicida a instalações do Partido Democrático do Curdistão.

Kirkuk, no Curdistão iraquiano, é uma cidade disputada, habitada por curdos, árabes e população de origem turca . Encarada pelos curdos como antiga capital, os árabes foram encorajados por Saddam Hussein a instalarem-ne na zona para atenuarem a influência curda e facilitarem o controlo pelo governo de Bagdad. Os conflitos são também alimentados pelo interesse em controlar os recursos petrolíferos da região.

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