Nobel da Paz atribuído a Muhammad Yunus e ao banco Grameen

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O Prémio Nobel da Paz foi atribuído ao economista Muhammad Yunus, do Bangladesh, e ao seu banco Grameen, pelo esforços na criação de desenvolvimento económico e social através de projectos de microcrédito.

Os projectos de microcrédito iniciados por Yunus servem para ajudar as pessoas mais carenciadas a obter financiamento para os seus negócios.

"Todas as pessoas na Terra têm potencial e têm também o direito de viver com um mínimo de qualidade de vida. Em todas as culturas e civilizações, Yunus e o banco Grameen mostraram que até os mais pobres entre os mais pobres podem trabalhar para o seu desenvolvimento", sublinha o comunicado do Comité Nobel.

Yunus foi elogiado também por conceder com microcréditos vocacionados apenas para mulheres, com o objectivo de as tirar da pobreza extrema.

"O crescimento económico e a democracia não podem concretizar-se plenamente sem que as mulheres estejam em igualdade de circunstâncias com os homens", sublinha o texto.

O banco Grameen, fundado por Yunus e também conhecido como banco dos pobres, dá crédito às pessoas carenciadas das zonas rurais do Bangladesh.

"No Grameen, o crédito é uma arma eficaz para combater a pobreza e serve como catalizador para o desenvolvimento das condições sócio-económicas de pessoas com poucos recursos, que têm sido mantidas fora da órbita dos bancos por serem pobres", lê-se ainda no comunicado do Comité Nobel.

Muhammad Yunus nasceu em 1940, no Bangladesh, e é o terceiro de 13 filhos. Licenciou-se em Economia no seu país e fez o doutoramento nos EUA, com uma bolsa de estudo. Lançou, em 1983, o Banco Grameen, a primeira instituição financeira de microcrédito em todo o mundo, para apoiar os indigentes do sistema financeiro tradicional, depois de ver que a teoria económica se esquecera dos pobres e "nunca compreendeu o poder social do crédito".

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