Municipais inglesas mostram grande crescimento do partido eurocéptico de Nigel Farage

O Ukip começa a delinear-se como a terceira força política do Reino Unido

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"A raposa já está na capoeira", disse Nigel Farage BEN STANSALL/AFP

Os primeiros resultados das eleições municipais de quinta-feira em Inglaterra e no País de Gales - que se realizaram em simultâneo com as europeias -mostram que se está a delinear uma mudança na paisagem política do Reino Unido, como tinha previsto o eurocéptico Nigel Farage.

Os números, ainda provisórios, revelam que o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP) de Farage foi buscar muitos votos aos conservadores e liberais-democratas, mas também aos trabalhistas.

Segundos os resultados parciais divulgados no Guardian às 11h00 desta sexta-feira, o UKIP conquistou 83 novos lugares (está com um total de 93) e os trabalhistas ganharam 97 novos lugares (contabilizam 611). Os conservadores perderam 95 (estão com 569) e os liberais-democratas perderam 64 (somam 173).

A taxa de participação foi, como já é habitual, na ordem dos 36%, segundo as primeiras estimativas.

Os eurocépticos registaram bons resultados no sul de Inglaterra, incluindo no Essex e também em várias pontos do Norte do país. Mas o aumento do número de leitos locais do UKIP não deverá ser suficiente para que este partido fique a liderar qualquer municipalidade.

Farage não conseguiu romper em Londres, a capital, como desejava. Ali, os trabalhistas venceram em algumas das freguesias preferidas de Cameron, como Hammersmith e Fulham, assim como em Merton e Cambridge. 

Nigel Farage conseguiu, no entanto, aumentar substancialmente a sua base de apoio noutras grandes cidades como Birmingham e Hull, onde até aqui tinha uma presença residual.

“Foi uma excelente noite”, disse Nigel Farage, considerando que o Ukip vai começar a “deixar a sua marca” no governo local. “A raposa já está na capoeira de Westminster”, disse o líder do Ukip perspectivando já as legislativas de 2015, que poderão consolidar o partido eurocéptico como a terceira força política do Reino.

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