Frankfurt assistiu a implosão recorde

Antiga torre universitária, de 116 metros de altura, foi destruída em segundos com 950 kg de explosivos.

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Milhares de pessoas rumaram neste domingo de manhã até às redondezas da torre AfE, um edifício universitário de 41 anos, demolido em poucos segundos. Não puderam chegar muito perto, porque foi delimitada uma zona de exclusão de 250 metros, por óbvias razões de segurança. Mas também não era preciso. A maior implosão da Europa era bem visível, mesmo à distância.

O edifício de 32 pisos e 116 metros de altura pertencia à universidade Goethe, no campus de Bockenheim. Era ali que estavam sediados, até ao ano passado, escritórios e salas de aula dos departamentos de Ciências Sociais e Educação. Estes mudaram para o campus de Westend ainda em 2013, deixando a torre vazia.

O nome de baptismo, Torre AfE, deriva do Departamento de Pedagogia (Abteilung für Erziehungswissenschaft, em alemão). Porém, este nunca se localizou no edifício, dado que fechou antes mesmo de a construção do arranha-céus ter ficado concluído, o que sucedeu em 1972.

A implosão, efectuada neste domingo de manhã, constitui um recorde porque nunca um edifício tão alto na Europa tinha sido demolido desta forma. Antes deste momento, o edifício foi sendo "descascado", durante meses, desde que ficou vazio, em Abril de 2013. No fim de Janeiro, as autoridades deram finalmente luz verde para a implosão.

O momento foi obviamente registado por muitas câmaras, de televisões e agências noticiosas, bem como de pessoas que quiseram guardar imagens deste adeus numa manhã húmida e algo cinzenta. Não é preciso procurar muito no Youtube para encontrar vídeos da queda controlada da estrutura, que demorou poucos segundos a ruir sobre si própria, deixando para trás apenas memórias e uma gigantesca nuvem de pó.

Segundo a edição online do jornal diário Frankfurter Allgemeine Zeitung, 30 mil pessoas foram atraídas pelo adeus a um marco urbano que fazia parte da linha do horizonte desta cidade, que é a maior do land de Hesse e a quinta maior da Alemanha. Conhecida por ser um dos centros financeiros da Europa (é a cidade sede do Banco Central Europeu, do Bundesbank – Banco Federal Alemão – e da Bolsa de Frankfurt), irá reconstruir no local da implosão dois marcos urbanos em altura: duas torres – uma de 100 metros de altura e outra de 140 metros – numa zona que está a ser desenvolvida como um campus cultural ao serviço desta cidade no sudoeste alemão, de 680 mil habitantes.

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