EUA dizem que Khalid Sheikh Mohammed confessou autoria do 11 de Setembro

Foto
Khalid Sheikh Mohammed foi detido em 2003 Reuters

Khalid Sheikh Mohammed, o alegado cérebro dos atentados do 11 de Setembro, terá reconhecido a sua responsabilidade nestes e noutros ataques da al-Qaeda, segundo a transcrição de uma declaração feita na base norte-americana de Guantánamo, em Cuba, e tornada pública pelo Pentágono ao final do dia de ontem.

"Fui responsável pela operação do 11 de Setembro de A a Z", terá afirmado Mohammed, citado por um funcionário norte-americano que o representou numa audiência destinada a determinar se pode ser considerado como "combatente inimigo".

Este membro da al-Qaeda foi detido no Paquistão em Março de 2003 e transferido para Guantánamo no ano passado.

Mohammed, de origem paquistanesa, também terá confessado ter sido o responsável pelo atentado com um veículo armadilhado contra o Word Trade Center em 1993; pelos atentados de Bali em 2002, que fizeram 202 mortos; e pelas tentativas de ataques contra aviões norte-americanos com bombas colocadas em sapatos.

"Eu era o responsável pelas operações de Osama bin Laden para a organização, planificação, acompanhamento e execução dos atentados do 11 de Setembro", terá afirmado, sempre citado pelo seu representante, um membro do Exército norte-americano.

No total, Khalid Sheikh Mohammed terá admitido a sua responsabilidade em 31 operações da al-Qaeda, entre elas as tentativas de assassinato dos ex-presidentes dos EUA Bill Clinton e Jimmy Carter e do falecido Papa João Paulo II.

Também terá reconhecido que, após o 11 de Setembro, preparou uma nova vaga de atentados contra a Library Tower de Los Angeles, a Torre Sears de Chicago e o Empire State Building de Nova Iorque, entre outros.

A planificação, o financiamento e o controlo das operações para destruir barcos e petroleiros norte-americanos nos estreitos de Ormuz e de Gibraltar, e contra o porto de Singapura, também chegou a estar entre os seus planos, bem como um projecto para destruir o canal do Panamá.

Sugerir correcção
Comentar