Estado Islâmico captura piloto jordano na Síria

Autoridades da Jordânia confirmam que um dos seus militares "foi feito refém".

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O alegado ataque do EI ocorreu em Raqqa, cidade no Norte da Síria que os radicais proclamaram como sua capital
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O ataque do EI ocorreu em Raqqa, cidade no Norte da Síria Hamid Khatib/Reuters

Um tenente da Força Aérea da Jordânia foi capturado por combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Norte da Síria. As autoridades jordanas já confirmaram a captura, mas não é certo se o avião foi abatido ou se se despenhou por outro motivo.

"Durante uma missão na quarta-feira de manhã, realizada por vários aviões da Força Aérea da Jordânia contra esconderijos da organização terrorista Estado Islâmico na região de Raqqa, um dos aviões caiu e o piloto foi feito refém", avança a agência oficial Petra, que cita uma fonte militar não identificada.

"A Jordânia responsabiliza o grupo e os seus apoiantes pela segurança e pela vida do piloto", lê-se no mesmo texto.

A identidade do piloto não foi revelada pelo comando militar, mas a agência de notícias publicou uma fotografia de Moaz Youssef al-Kasasbeh, um tenente de 26 anos de idade que voa há seis anos na Força Aérea da Jordânia. Moaz al-Kasasbeh nasceu em Karak e casou-se em Julho.

A identidade do piloto foi entretanto confirmada pelo seu pai, Youssef al-Kasasbeh, numa entrevista ao jornal jordano Saraya.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, indicou que não se sabe ao certo o paradeiro do piloto do aparelho, mas o EI em Raqqa publicou fotografias que mostram um homem, que identificam como sendo o piloto jordano, rodeado de jihadistas.

A Jordânia é um dos quatro países árabes cujos aviões estão a bombardear posições do EI na Síria desde Setembro.

Também nesta quarta-feira, mas no Iraque, um bombista suicida detonou os explosivos que carregava junto a um grupo de combatentes opositores do EI no Sul de Bagdad, provocando a morte de pelo menos 21 pessoas, segundo responsáveis locais citados pela AFP.

O ataque, que provocou ainda ferimentos em 48 pessoas, ocorreu perto de uma base militar na zona de Madaen, onde se encontravam elementos das milícias armadas Sahwa, que combatem a Al-Qaeda.

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