Mais de 120 mortos em ataques suicidas contra mesquitas do Iémen

Templos atacados na capital do país são frequentados por apoiantes do movimento xiita Huthi. O grupo Estado Islâmico já reivindicou os atentados

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As mesquitas estvam cheias para as orações de sexta-feira Khaled Abdullah/Reuters

Bombistas suicida que se fizeram explodir no interior de mesquitas de Sanaa, a capital do Iémen, mataram mais de 120 pessoas e feriram pelo menos 250. Os radicais sunitas do Estado Islâmico reivindicaram a autoria dos ataques.

Tratam-se dos primeiros ataques terroristas reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico no Iémen, onde o grupo jihadista mais activo é a Al-Qaeda, que realiza frequentemente ataques contra os huthis e as forças de segurança. No comunicado, a “província de Sanaa” do EI diz que estes ataques são apenas “a ponta do iceberg” e que haverá outros contra os xiitas huthis

Os fiéis assistiam às orações do meio-dia de sexta-feira nas mesquitas de Badr e al-Hashoosh quando as explosões, pelo menos três, aconteceram. As testemunhas, e as imagens captadas pelas televisões, falam e mostram uma carnificina.

A estação de televisão do Qatar, Al Jazira, confirmou que um dos mortos é o imã de Badr, al-Murtada bin Zayd al-Mahatwari, um respeitado clérigo huthi. As duas mesquitas atacadas são sobretudo frequentadas por apoiantes do movimento rebelde xiita Huthi, que controla Sanaa. No Iémen são constantes os confrontos entre os movimentos rebeldes e as milícias, incluindo as afectas à Al-Qaeda.

Segundo testemunhas citadas pela BBC, na mesquita Badr foram dois os bombistas suicidas. Um entrou no templo e detonou os seus explosivos entre centenas de fiéis. Os sobreviventes, disse uma testemunha, correram para a porta principal, tentando fugir, mas muitos foram apanhados pela explosão do segundo bombista.

Na mesquita al-Hashoosh detonou-se apenas um bombista suicida, mas a sua carga de explosivos era potente. Uma testemunha disse à Associated Press que "a mesquita ficou cheia de pedaços de braços e de pernas” e o “sangue corria como um rio”, acrescentando que viu muitas pessoas feridas com extrema  gravidade.

 

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