A epidemia de cólera no centro e Norte de Moçambique já provocou a morte de 41 pessoas desde o final de 2014 – segundo o último balanço, divulgado nesta segunda-feira.

Entre 25 de Dezembro e 27 de Fevereiro foram diagnosticados 4518 casos, 41 deles mortais, anunciou o Ministério da Saúde, segundo informação divulgada pela agência AFP.

Os óbitos ocorreram nas províncias de Nampula e do Niassa, no Norte, e em Tete e na Zambézia, no Centro.

As autoridades moçambicanas continuam preocupadas com a situação na província de Tete, região que faz fronteira com o Zimbabwe e o Malawi. Só na cidade de Tete foram registados mais de 1500 casos. Nas outras províncias, a situação está controlada, segundo um porta-voz do Ministério.

A cólera é frequente em Moçambique na estação das chuvas, que geralmente se prolonga de Outubro a Março. A situação foi este ano agravada por grandes inundações que propagaram a epidemia.

Segundo o último balanço oficial, as mais recentes inundações, as mais graves desde 2000, causaram 160 mortos – número que não inclui os casos de cólera – e afectaram 188 mil pessoas, em Janeiro, no centro e Norte.