Al-Qaeda reivindica morte dos dois jornalistas franceses no Mali

Assassinato foi reivindicado pelo braço da organização terrorista no Magrebe, como retaliação pela operação militar francesa no país.

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Assassinato dos jornalistas foi retaliação pela operação militar francesa no Mali Eric Gaillard/Reuters

A AQMI, o ramo magrebino da organização Al-Qaeda, revelou esta quarta-feira ter assassinado os dois jornalistas da Radio France International no dia 2 de Novembro, na localidade de Kidal, no Mali. A Al-Qaeda deixa ainda ameaças ao Presidente, François Hollande, e ao povo francês.

"Esta operação vem em resposta aos crimes cometidos pela França contra os malianos e à obra das forças africanas e internacionais contra os muçulmanos do Azawad [nome dado pelos tuaregues à região norte do Mali]". A justificação foi dada através de um comunicado publicado pela agência noticiosa da Mauritânia Sahara Medias, citado pela AFP.

A morte dos dois jornalistas é apenas uma pequena parte da "factura que o Presidente Hollande e o seu povo terão de pagar por esta nova cruzada", acrescentam.

No dia 2, os jornalistas Ghislaine Dupont e Claude Verlon foram raptados, depois de uma entrevista, e foram levados por um jipe para um local a 12 quilómetros de Kidal. Lá foram baleados, tendo sido encontrados horas depois.

A região onde ocorreu o homicídio regressou ao controlo do Governo do Mali depois de uma intervenção militar com o apoio do Exército francês.

Quando teve conhecimento da morte dos dois jornalistas, Hollande classificou o acto como "desprezível" e o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que ia investigar as circunstâncias do homicídio.
 
 

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