Acordo de cessar-fogo na região de Lugansk

OSCE e separatistas confirmam. Porta-voz militar ucraniano diz não ter informação.

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Como passado recente tem mostrado, anúncio de cessar-fogo não significa necessariamente fim dos combates DIMITAR DILKOFF/AFP

O governo ucraniano e os rebeldes pró-russos da região de Lugansk concluíram um acordo de cessar-fogo a partir de dia 5, sexta-feira, anunciaram a Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE) e Igor Plotnitski, líder separatista local.

Mas um porta-voz militar ucraniano, Andriï Lyssenko, disse não ter qualquer informação sobre o assunto. “Os tiros continuam”, disse à AFP.

A OSCE divulgou um comunicado segundo o qual foi estabelecido um acordo de “cessar-fogo total ao longo da linha da frente a partir de 5 de Dezembro” e que houve entendimento sobre a “retirada de armas pesadas a partir de 6 de Dezembro”.

Plotnitski confirmou, esta terça-feira, às agências noticiosas russas as informações da OSCE. “É verdade”, disse, quando foi questionado.

O entendimento terá sido conseguido numa reunião realizada no sábado entre o general ucraniano Volodimir Askarov, o general russo Alexandre Lentsov, representantes da autoproclamada república de Lugansk e a OSCE.

Os dois generais, representantes da OSCE e da república de Donetsk, a outra região do leste da Ucrânia onde ocorrem combates entre separatistas e as forças regulares ucranianas, têm um encontro previsto para esta terça-feira, disse fonte dos rebeldes à agência francesa.

A AFP noticiou que, na segunda-feira, os dois generais lançaram as bases de um acordo para a paragem dos combates no há meses disputado aeroporto de Donetsk. Mas após um breve acalmia, na segunda-feira à noite, os tiros continuavam na zona, na manhã desta terça-feira.

O anúncio de cessar-fogo pode não significar o fim dos combates. A 5 de Setembro foi assinado em Minsk, capital da Bielorrússia, um acordo formal que deveria levar ao término dos combates, mas, apesar de períodos de acalmia, a paragem de uma guerra que já fez mais de 4300 mortos desde Abril nunca foi real.

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