Laboratório europeu Columbus instalado na Estação Espacial Internacional

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O Columbus foi posicionado na ISS com a ajuda de um braço robotizado NASA/Reuters

O laboratório europeu Columbus foi instalado ontem à noite, com sucesso, na Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), dando à Europa a sua primeira instalação científica espacial permanente.

“O laboratório europeu faz oficialmente parte da ISS”, declarou o astronauta francês Léopold Eyharts, pouco depois da acoplagem, às 22h44. A partir de hoje, os astronautas poderão entrar no Columbus e começar a testar os equipamentos.

No interior da ISS, os astronautas Leland Melvin e Dan Tani utilizaram um braço robotizado para mudar o cilindro de dez toneladas do vaivém Atlantis e levá-lo até à localização prevista na ISS. A operação incluiu ainda uma saída espacial, de Rex Walheim e Stanley Love.

Este acontecimento, adiado por várias vezes, torna a Europa um co-proprietário pleno do único “posto avançado” orbital onde são conduzidas experiências em micro-gravidade, que permitem preparar as missões tripuladas a Marte.

Até agora, apenas os Estados Unidos e a Rússia tinham o seu laboratório.

O Columbus – com sete metros de comprimento e mais de quatro de diâmetro - permitirá realizar centenas de experiências nas áreas da biotecnologia, medicina, materiais e fluidos, aumentando as capacidades de investigação da ISS.

Este laboratório - cuja construção custou 1,3 mil milhões de euros e foi lançada em 1992 – somou anos de adiamentos e atrasos. Inicialmente previa-se que o Columbus seria levado para a ISS no final de 2004. Mas o acidente com o Columbia, em Fevereiro de 2003 impediu o lançamento dos outros três vaivéns da NASA durante dois anos, para serem melhorados.

O seu lançamento, finalmente previsto para Dezembro passado, foi mais uma vez adiado devido a um problema técnico no vaivém Atlantis. Este acabou por ser lançado a 7 de Fevereiro, na Florida, com sete astronautas, entre eles o francês Léopold Eyharts e o alemão Hans Schlegel.

O primeiro dos três elementos que compõem o laboratório japonês Kibo, que completará o coração da estrutura da ISS, será levado para a ISS em Março.

A missão da tripulação do Atlantis prevê outras saídas espaciais. A segunda está prevista para amanhã e destina-se a substituir um velho reservatório de azoto na ISS. Na sexta-feira está prevista uma terceira saída espacial, desta vez para instalar os sistemas de experimentação exteriores ao Columbus para as investigações realizadas no vazio do espaço.

Léopold Eyhart, que ficará na ISS várias semanas para activar o Columbus, vai substituir o americano Daniel Tani, que vai regressar à Terra com o Atlantis.

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