O Reino Unido votou durante mais de um mês e o novo Prémio Longitude 2014, com o valor de 12 milhões de euros, vai ser atribuído a quem desenvolver um dispositivo que ajude a diagnosticar as infecções, revelou nesta quarta-feira a organização do prémio.

Esta é a segunda vez que o Prémio Longitude existe, 300 anos depois de o governo britânico ter inventado o prémio original. Na altura, para quem conseguisse encontrar uma forma de medir com rigor a localização de um navio no mar. Era possível medir a latitude no oceano, mas não a longitude, o que provocou vários naufrágios. John Harrison, relojoeiro britânico, inventou o cronómetro marítimo e acabou por receber o prémio muitas décadas depois. 

Agora, um comité de 18 personalidade dirigido pelo astrónomo real Martins Rees, professor jubilado da Universidade de Cambridge, escolheu seis temas que são autênticos desafios do século XXI: uma inovação sustentável que permita uma alimentação saudável para todos; uma tecnologia barata para dessalinizar a água do mar; um avião que não emita dióxido de carbono; uma cura para a paralisia; um dispositivo que faça o diagnóstico das infecções evitando o uso desnecessário de antibióticos; e uma tecnologia para melhorar a vida de pessoas com doenças neurodegenerativas.

Mas quem decidiria qual o tema do novo prémio seria os cidadãos do Reino Unido, numa votação iniciada a 22 de Maio. Os votos foram para a criação de um teste de diagnóstico rápido, fácil e seguro que identifique as infecções que um doente tem para, assim, evitar a administração errada de antibióticos, dificultando que as bactérias ganhem resistências, um dos maiores problemas de saúde pública de hoje.

Nos próximos meses o comité vai definir exactamente o que é preciso apresentar para conseguir ganhar o prémio de 10 milhões de libras (12,28 milhões de euros). Esses objectivos serão divulgados em Setembro. Depois, qualquer pessoa de qualquer parte do mundo terá um prazo máximo de cinco anos para entregar o resultado da sua ideia, para poder ganhar o prémio.

O prémio será financiado em parte pela Nesta, uma fundação não governamental para a inovação do Reino Unido, terá também dinheiro público vindo do Conselho de Estratégia para a Tecnologia.