Women’s Worldwide Car Of The Year: Kia EV9 eleito por juradas de 52 países

O grande SUV eléctrico de sete lugares convenceu a maioria das 75 juradas. Anúncio, feito às 0h de dia 8 de Março na Nova Zelândia (11h de dia 7 em Lisboa), coincide com o Dia Internacional da Mulher.

Kia EV9
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O Kia EV9 acaba de ser anunciado como Carro do Ano pelo organismo que reúne 75 jornalistas especializadas no tema de 52 países, dos cinco continentes, Portugal, incluído. Este é o segundo ano consecutivo que a Kia conquista o prémio maior: no ano passado, o Niro foi escolhido como a melhor proposta de 2023.

O Women's Worldwide Car of the Year (WWCOTY) elegeu o grande SUV eléctrico de um leque de cinco finalistas, vencedores das suas respectivas classes: o sul-coreano, como SUV do ano; o Volvo EX30, na categoria dos familiares; BMW Série 5, enquanto automóvel grande; Volkswagen Amarok, entre os todo-o-terreno puros ou pick-ups; e Aston Martin DB12, entre as propostas mais exclusivas do mercado, com olho na performance.

O Kia EV9 destacou-se por ser uma oferta “excepcionalmente nobre”, num automóvel “espaçoso, versátil e polivalente”, descreve a jurada estónia Ylle Rajasaar, citada em comunicado, que conta que “numa geada de 25 graus (…), o EV9 aqueceu rapidamente e a quilometragem não foi muito afectada pelos graus negativos”. Já Liz Swanton, da Austrália, confessou ter-se sentido entusiasmada “com as possibilidades futuras dos veículos eléctricos polivalentes”. E explica: “Era difícil acreditar que este veículo grande, confortável e versátil não precisava de um depósito de gasolina ou gasóleo”.

Já a norte-americana Tanya Gazdik avaliou o Kia EV9 como “um divisor de águas para os veículos eléctricos”, imaginando: “Será um veículo para o qual olharemos no futuro e diremos 'foi quando os VE se tornaram verdadeiramente acessíveis, fáceis de utilizar e desejáveis para todos os consumidores'.”

O Kia EV9 é um SUV eléctrico de mais de cinco metros, com sete lugares, com variantes de tracção traseira e integral, garantindo uma autonomia de mais de 500 quilómetros com uma única carga. Mas não é só por estes traços que o EV9, assente na mesma plataforma do EV6, com o qual partilha também a configuração da arquitectura eléctrica de 800V, se distingue.

O topo de gama da Kia veio criar algum frenesim em torno da marca sul-coreana ao assumir-se como uma alternativa a modelos de marcas premium, como Audi Q8 e-tron, BMW iX, Mercedes EQE SUV, Tesla Model X ou Volvo EX90. E com uma vantagem sobre a maioria: o espaço que um adulto encontra na terceira fila. Já o preço mostra o quanto o emblema acredita estar numa posição de começar a ser referência de valor: o Kia EV9 começa nos 77.000€ e a variante de tracção integral arranca nos 89.900€.

No mercado nacional, o SUV é proposto em duas versões: 1st Edition e GT-Line. A primeira, equipada com um motor de 150 kW (204cv), com binário máximo de 350 Nm, apresenta tracção às rodas traseiras, enquanto a segunda, também mais luxuosa em termos de equipamento, apresenta tracção integral graças à montagem de dois motores eléctricos de 141 kW, um em cada eixo, perfazendo um total de 385cv e 700 Nm.

A 1st Edition chega com uma velocidade máxima de 185 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos; a GT Line atinge os 200 km/h e cumpre a marca de 0 a 100km/h em 5,3 segundos. Prestações que condicionam a autonomia eléctrica, garantida pela mesma bateria com uma capacidade de 99,8 kWh, com tecnologia de quarta geração da Kia, permitindo carregamento ultra-rápido de 800V (15 minutos para recuperar energia para mais de 200 quilómetros): o primeiro reclama uma autonomia de 563 quilómetros e o segundo de 505 quilómetros.

O EV9 vem ainda equipado com carregamento bidireccional, o que significa que não só é possível carregar a bateria, como também utilizar a energia armazenada para alimentar aparelhos electrónicos (vehicle-to-load, V2L) ou mesmo, no futuro, a casa (vehicle-to-home, V2H) ou a rede eléctrica (vehicle-to-grid, V2G).

A rolar, o SUV não denuncia as suas dimensões, muito por conta da integração directa da bateria na plataforma, o que lhe confere um baixo centro de gravidade, o que se sente na forma como abraça o asfalto, inclusive em situações em que as curvas abundam.

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