Israel declara estado de alerta de guerra após ataque do Hamas

Israel declarou estado de alerta de guerra na sequência dos ataques. Durante a madrugada, foram lançados milhares de rockets a partir da Faixa de Gaza e vários homens armados cruzaram a fronteira.

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Este é o ataque mais grave desde 2021 Reuters/AMIR COHEN
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Este é o ataque mais grave desde 2021 Reuters/STRINGER
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Este é o ataque mais grave desde 2021 Reuters/ITAI RON
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Este é o ataque mais grave desde 2021 EPA/MOHAMMED SABER
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Este é o ataque mais grave desde 2021 Reuters/MOHAMMED SALEM
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Este é o ataque mais grave desde 2021 EPA/ATEF SAFADI
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Este é o ataque mais grave desde 2021 Reuters/AMMAR AWAD
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Este é o ataque mais grave desde 2021 Reuters/IBRAHEEM ABU MUSTAFA

O movimento islâmico Hamas lançou este sábado o maior ataque dos últimos anos contra o território israelita. O ataque combinou a entrada de homens armados que cruzaram a fronteira e o lançamento de milhares de rockets, que foram disparados a partir da Faixa de Gaza, e apanhou Israel de surpresa.

Pelo menos 22 israelitas morreram durante as primeiras vagas da ofensiva do Hamas, de acordo com os serviços de emergência. A imprensa israelita referia pelo menos seis mortos e mais de 200 feridos levados para vários hospitais. Havia um número indeterminado de reféns.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência com as autoridades de segurança para discutir a situação. "Estamos em guerra e vamos ganhar. O inimigo vai pagar o preço", referiu Netanyahu num vídeo publicado na plataforma X (antigo Twitter). Na sequência dos ataques, Israel declarou "estado de alerta de guerra", avança a Sky News.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, autorizou a convocatória de reservistas do exército. "O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel. As tropas israelitas estão a lutar contra o inimigo", referiu.

"De acordo com as avaliações do sistema de defesa de Israel, o ministro da Defesa Yoav Gallant anunciou uma 'situação especial de segurança' na frente interna de Israel, num raio de 0,8 km a partir da Faixa de Gaza", segundo um comunicado do Ministério da Defesa, citado pela Sky News.

Operação "Tempestade Al-Aqsa"

Este episódio é o mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de dez dias em 2021. Os órgãos de comunicação israelitas relataram vários tiroteios entre os combatentes palestinianos e as forças de segurança das cidades do Sul de Israel.

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O líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, anunciou o início da operação "Tempestade Al-Aqsa" numa declaração pública nos meios de comunicação social do Hamas, na qual apelou aos palestinianos de todo o mundo para que lutassem.

"Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra", disse. Os disparos terão começado antes das 6h30 (4h30 em Lisboa).

De início, os serviços de emergência davam conta da morte de uma mulher israelita. O canal 13, da televisão israelita, diz agora que o ataque terá provocado a morte de cinco militantes palestinianos na cidade israelita de Sderot e vários focos de incêndio em áreas residências junto à fronteira. As equipas de emergência foram enviadas para as áreas ao redor da Faixa de Gaza para socorrer as restantes vítimas.

"Vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza", pode ler-se num comunicado divulgado pela força militar israelita. Contrariando as declarações iniciais de Mohammed Deif, de que teriam sido lançados mais de cinco mil rockets, os militares disseram que foram disparados cerca de 2500 a partir da Faixa de Gaza.

A mesma fonte refere que a população na região recebeu indicações para permanecer em casa. As sirenes de alerta soaram em várias cidades.

Órgãos de comunicação social de Israel relatam que homens armados atacaram a população da cidade de Sderot, no Sul de Israel, e que vários cidadãos foram feitos reféns pelos combatentes do Hamas.

Um grupo que representa os reservistas militares israelitas, que anteriormente tinha decidido não frequentar as formações em forma de protesto contra as acções do Governo, pediu aos reservistas para se apresentarem ao serviço.

A Jihad Islâmica da Palestina referiu que os seus combatentes se vão juntar ao Hamas. "Fazemos parte desta batalha, os nossos combatentes estão lado a lado com os seus irmãos nas Brigadas Qassam até que alcancemos a vitória", disse o porta-voz da Jihad Islâmica, Abu Hamza, no Telegram.

Condenação internacional

O chefe da política externa da União Europeia lamentou a situação que se está a viver em Israel. "Condenamos inequivocamente os ataques do Hamas. Esta violência deve parar imediatamente", escreveu Josep Borrell na plataforma X (antigo Twitter). Na publicação, refere ainda que a União Europeia "manifesta a sua solidariedade para com Israel nestes momentos difíceis".

A França condenou os “ataques terroristas em curso contra Israel e a sua população” e expressou sua total solidariedade com Israel, avança o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Também o Reino Unido "condena inequivocamente" o ataque de surpresa do grupo islâmico contra Israel, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, James Cleverly. “O Reino Unido condena inequivocamente os ataques horríveis do Hamas contra os civis israelitas. O Reino Unido apoiará sempre o direito de Israel de se defender”, disse Cleverly numa publicação nas redes sociais.

O Egipto alertou sobre as "graves consequências" de uma escalada nas tensões entre Israel e os palestinianos, pode ler-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país. Pediu ainda que se "evite expor os civis a maiores perigos”.

O ataque aconteceu um dia depois de Israel assinalar o 50.º aniversário da guerra do Yom Kippur de 1973, que deixou Israel à beira da derrota, depois de um ataque surpresa da Síria e do Egipto.

Pelo menos 247 palestinianos, 32 israelitas, um ucraniano e um italiano foram mortos desde o início do ano, em actos de violência ligados ao conflito israelo-palestiniano, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas, avança a Lusa.

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