Samsung Galaxy Z Flip e Z Fold5: a dobradiça está cada vez melhor

A nova geração de dobráveis da Samsung chega acompanhada de novos relógios e tablets. O Z Flip5 pareceu-nos o mais interessante, mas toda a colecção é premium, na construção e no preço.

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Samsung apresentou esta quarta-feira os novos telefones dobráveis Flip5 e Fold5, os tablets S9 e relógios Watch6 Samsung
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O conceito tem anos e é muito familiar, mas uma coisa é (era) dobrar um Nokia ou um Motorola nos anos 2000, outra é aguentar o coração ao abrir e fechar o ecrã de um smartphone dezenas de vezes por dia. A tecnologia evoluiu muito e a quinta geração do Galaxy Z dá mais um passo: a Samsung conseguiu aperfeiçoar a dobradiça ao ponto de eliminar o espaço entre as partes. Agora, quando se fecham os telemóveis, as superfícies ficam completamente planas, assentes uma sobre a outra.

A Samsung conseguiu isso através de um novo desenho, que permite que o ecrã curve (internamente) em forma de gota, permitindo assim um desenho simétrico. É algo que salta à vista quando temos nas mãos os novos Z Fold e Z Flip: estas dobradiças são um feito tecnológico.

O PÚBLICO teve oportunidade de conhecer de antemão os novos dobráveis da Samsung, que foram apresentados ao mundo esta quarta-feira. São máquinas premium, na construção e no preço: em Portugal o Galaxy Z Flip5 começa nos 1250 euros e o Z Fold5 nos 1970 euros — estarão à venda a 11 de Agosto, a pré-compra com campanha arranca hoje.

Ambos têm melhores ecrãs, todos AMOLED a 120Hz adaptativos (até 1Hz), 5G, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3 e processador Snapdragon 8 de segunda geração, cuja eficiência energética permitirá, diz a marca, uma maior autonomia. Os novos telemóveis podem ser carregados sem fios.

Por dentro o vinco não desapareceu, mas parece mais discreto. De resto, destacamos o novo ecrã exterior do Z Flip5, agora maior e com mais funcionalidades, através do recurso a widgets, evitando a necessidade de o abrir para, por exemplo, ver notificações ou consultar a previsão do estado do tempo.

O formato compacto permite guardá-lo no bolso das calças com conforto e discrição e, depois de aberto, transforma-se num smartphone grande com 6,7 polegadas. É essa a sua grande virtude, o formato modular e compacto do antigamente adaptado aos tempos modernos. E quanto à dúvida “e se o ecrã se parte?”, a Samsung garante que as dobradiças resistem a 100 aberturas por dia durante cinco anos.

O grande Z Fold5 usa a mesma tecnologia. Inclui nesta versão idêntico hardware de topo e destaca-se, tal como nos modelos anteriores, pelo ecrã enorme de 7,6 polegadas, um formato que possibilita um conforto de leitura como nenhum outro. O ecrã frontal continua a permitir uma utilização quotidiana que dispensa a abertura do telemóvel. A nova dobradiça possibilita uma forma final mais fina e, por isso, sustenta sem grande transtorno de volume as novas capas que integram a caneta S Pen.

Galaxy Z Fold5 e Flip5 são ambos dobráveis, mas têm conceitos muito diferentes Samsung
O conforto de leitura é uma das grandes mais valias dos grandes telemóveis dobráveis Samsung
Acessórios para o Z Fold5 Samsung
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Galaxy Z Fold5 e Flip5 são ambos dobráveis, mas têm conceitos muito diferentes Samsung

Um nicho que segue estável

Os smartphones dobráveis são ainda um nicho de mercado, sobretudo porque são muito caros. Em Portugal representam menos de 1% das vendas de telemóveis, de acordo com a consultora IDC. Em declarações ao PÚBLICO, o analista Iñaki Iriarte explica que a Samsung vale cerca de 90% do mercado dos dobráveis em Portugal (sensivelmente 10% para o Oppo N2 Fold), valor que se mantém estável desde o último trimestre do ano passado.

A IDC prevê que o mercado dos dobráveis continue a crescer, paulatinamente, com a chegada de novos modelos (da Motorola e talvez da Google, Honor e Huawei), mas que o preço médio “terá de baixar para o segmento médio-alto para que mais pessoas possam usufruir dos benefícios de um dobrável”.

Iñaki Iriarte esclarece que o segmento premium está a crescer em Portugal e que, à semelhança de outros países, o número global de telemóveis vendidos atingiu um planalto. Ou seja, os portugueses renovam equipamentos por modelos mais caros e os dobráveis vão ocupando uma parte, ainda pequena, desse segmento.

Também foram apresentados os novos tablets Galaxy S9 (a partir de 970 euros), S9+ (a partir de 1200 euros) e S9 Ultra (a partir de 1430 euros). O Tab S9 Ultra é um grande tablet que, para muitos, fará as vezes de um computador Samsung
Relógio Watch6 emparelhado com dobrável Flip5 Samsung
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Também foram apresentados os novos tablets Galaxy S9 (a partir de 970 euros), S9+ (a partir de 1200 euros) e S9 Ultra (a partir de 1430 euros). O Tab S9 Ultra é um grande tablet que, para muitos, fará as vezes de um computador Samsung

Nesta quarta-feira foram também apresentados os Galaxy Watch6 (a partir de 320 euros) e Watch6 Classic (a partir de 420 euros), relógios inteligentes bem construídos e orientados para a monitorização da saúde e para o bem-estar, com ênfase para a monitorização do sono. A este propósito, a linha de acessórios inclui braceletes mais confortáveis para usar durante a noite.

Tal como os smartphones, os novos relógios estarão disponíveis para venda a partir de 11 de Agosto e a pré-compra a partir de hoje. Os modelos anteriores Galaxy Watch5 Pro e Watch4 vão continuar a fazer parte do portfólio da empresa sul-coreana.

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