Técnicos de diagnóstico e terapêutica acusam PSD de recuo e de ceder a pressões do Governo

Os profissionais alegam que são “discriminados pelo Estado quando comparados a todos os outros trabalhadores da Administração Pública com o mesmo grau de exigência habilitacional e profissional e, em especial, a outros profissionais de saúde”.

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O sindicato pondera novas acções de luta e de protesto, tanto pela via sindical como judicial Fábio Augusto

O sindicato que representa os técnicos de diagnóstico e terapêutica acusou o PSD de ter cedido às pressões do Governo e de ter recuado na votação que poria fim às desigualdades na carreira dos profissionais.

A Comissão Parlamentar de Saúde esteve nesta quarta-feira a votar as propostas de alteração a um diploma de 2009 que estabelece o número de posições remuneratórias das categorias da carreira de especial de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapeuta e define as regras de transição.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica acusa o PSD de ter recuado, “retirando as suas propostas de alteração” e não votando a favor das propostas apresentadas pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda.

Para o sindicato, o PSD impossibilitou a alteração legislativa que “poderia cessar com as desigualdades e injustiças na carreira” destes profissionais de saúde.

“O PSD apresentou um projecto de resolução em que requer um estudo ao Governo sobre o impacto orçamental das alterações que propõe, não sendo possível assim antes das eleições e de existir um novo parlamento fazer nada, caindo as propostas de alterações dos outros partidos, BE e PCP, que tiveram o voto contra do PS e abstenção do PSD e CDS/PP. Isto é inaceitável, o PSD cedeu à pressão do Governo, que condicionou o maior partido da oposição refere o presidente do Sindicato no comunicado.

O sindicato pondera novas acções de luta e de protesto, tanto pela via sindical como judicial.

Os profissionais alegam que são “discriminados pelo Estado quando comparados a todos os outros trabalhadores da Administração Pública com o mesmo grau de exigência habilitacional e profissional e, em especial, a outros profissionais de saúde”.

O sindicato recorda que a problemática da revisão da sua carreira “nada tem a ver com a das restantes carreiras da função pública, uma vez que esta carreira não teve qualquer processo efectivo de revisão em 20 anos”.

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