Madre Teresa de Calcutá será canonizada a 4 de Setembro

Papa assinou na manhã desta terça-feira o decreto de canonização.

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A albanesa Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, conhecida por Madre Teresa de Calcutá, vai ser canonizada no próximo dia 4 de Setembro. O Papa Francisco assinou na manhã desta terça-feira o decreto de canonização, anunciou o Vaticano.

Teresa de Calcutá (1910-1997) ficou conhecida pelo trabalho feito junto dos mais pobres daquela região da Índia. Católica de origem albanesa, entrou na congregação irlandesa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto e fez votos aos 18 anos. Então, viaja para a Índia onde ao serviço da congregação é professora num colégio, mas depressa se apercebe dos problemas de pobreza daquele país e decide ir viver e trabalhar com os "mais pobres dos pobres" num bairro de lata, acabando por criar a sua própria congregação, as Missionárias da Caridade, conhecidas pelo seu sari (as vestes tradicionais indianas) branco, debruado com três barras de azul forte.

O seu trabalho nas ruas de Calcutá é reconhecido por crentes de outras religiões e começa a receber donativos de hindus, muçulmanos e budistas. Até que, por fim, em 1965, o Vaticano reconhece a congregação e a aprova. Esta cresce e alarga-se a outros países – também chega a Portugal, onde as irmãs estão desde 1982, em Setúbal (onde se instalaram a convite do bispo D. Manuel Martins), Lisboa e em Faro –, sempre com o mesmo propósito trabalhar com os mais pobres, os doentes, nomeadamente os leprosos.

O trabalho da sua congregação foi reconhecido em 1973 com a entrega do prémio Templeton e seis anos depois, em 1979, recebeu o Nobel da Paz. A religiosa morreu aos 87 anos a 5 de Setembro de 1997 e foi beatificada no dia 19 de Outubro de 2003 por João Paulo II. No entanto, a religiosa também tem críticos, aqueles que dizem que nunca contribuiu para que os pobres saíssem da pobreza, uma vez, que sempre se manifestou contra a contracepção e a interrupção voluntária da gravidez. Ou que nunca contribuiu para o diálogo interreligioso, apesar de ser venerada pelos hindus.

Durante o processo de canonização também foram reveladas cartas da sua correspondência pessoal onde se revelou que Madre Teresa, também conhecida pela "santa das sarjetas" sofreu uma crise de fé prolongada.

 

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