Costa afirma que não cabe ao PS “substituir” a justiça no caso Sócrates

O líder socialista, que participou e respondeu a perguntas de ouvintes do Fórum TSF, não quis comentar o caso judicial do antigo primeiro-ministro.

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António Costa: "Não compete ao PS substituir-se nem à acusação nem à defesa” Daniel Rocha

António Costa considera que a revisão da medida de coacção aplicada a José Sócrates não irá influenciar a estratégia eleitoral do Partido Socialista nas próximas legislativas. “As pessoas conseguem separar as coisas”, disse.

Participando no Fórum TSF, esta segunda-feira, o secretário-geral do PS não comentou o caso judicial do antigo primeiro-ministro, justificando que o seu partido também não comenta outros casos. Uma regra que estabeleceu “desde o princípio”:  "Não compete ao PS substituir-se nem à acusação nem à defesa e muito menos à função do juiz que é julgar.”

“Tenho tido uma regra da qual não me desviarei um milímetro. Este é um caso que está entregue à justiça, onde a acusação fará a investigação e a acusação e onde a defesa apresentará a sua versão da história”, defende o líder socialista.

Na opinião de António Costa, Portugal “beneficia” do regime judicial mais avançado da Europa, uma vez que para além da independência da justiça, existe também “uma completa autonomia da magistratura do Ministério Público”. “O poder político não tem a possibilidade de intervir, nem dificultando, nem favorecendo, nem indicando que avancem por aqui ou por ali”, considerou Costa durante a sua participação no Fórum TSF, que abordou também a estratégia eleitoral do PS, com vista às eleições legislativas previstas para Outubro. Para António Costa, a actividade do PS não será afectada por qualquer desfecho do caso que envolve Sócrates, uma vez que o rumo do partido irá “manter-se de acordo com o seu próprio calendário e o seu próprio ritmo”.

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