Artista chinês Ai Weiwei foi libertado sob caução

Foto
Ai Weiwei estava detido desde Abril Stefan Wermuth/Reuters

O artista chinês Ai Weiwei, que estava detido na China desde Abril, foi libertado sob caução, anunciou nesta quarta-feira a agência noticiosa oficial Nova China.

A libertação deveu-se “à boa atitude” do artista e dissidente chinês que, segundo a Nova China, “confessou os crimes” de que estava acusado. As autoridades chinesas têm defendido que Ai Weiwei estava detido por evasão fiscal.

Ai Weiwei foi detido quando procurava apanhar um avião para deixar a China, com destino a Hong Kong, e a sua localização foi depois mantida em segredo. “A polícia de Pequim adiantou nesta quarta-feira que foi libertado devido ao bom comportamento, uma vez que confessou os seus crimes, e também devido à doença crónica de que sofre”, adiantou a agência oficial chinesa, citada pela AFP.

“Esta decisão tem em conta o facto de Ai ter dito e repetido que está disponível para pagar os seus impostos”, adiantou a Nova China.

Ai Weiwei é um dos dissidentes chineses mais conhecidos em todo o mundo e a sua detenção gerou fortes protestos em várias cidades. Pouco após a detenção, por exemplo, foi nomeado membro honorário da Academia Real Britânica de Arte.

Em Abril as autoridades chinesas não deram qualquer explicação para a detenção de Ai Weiwei e durante semanas o seu paradeiro não foi conhecido. A China garantiu mais tarde que o artista estava a ser investigado por evasão fiscal, mas a sua família, amigos e apoiantes garantiram que foi detido para ser silenciado.

Sugerir correcção
Comentar