Vinton Cerf, um dos pais da internet, critica actuais restrições impostas na rede

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Vinton Cerf Jim Young (arquivo)

“Não queremos que os criadores pensem que nunca vão poder rentabilizar o seu trabalho mas é claro que falta um modelo de exploração de conteúdos que respeite a criação original e também promova a criatividade”, afirmou Cerf.

Quando confrontado com as críticas que a comunicação social faz ao Google News, um dos pais da rede diz que “os media têm medo da internet” mas acredita que “quanto mais flexíveis forem, (...) melhor será para eles”.

Quanto ao YouTube, uma das empresas da Google, Vinton Cerf, um dos criadores do correio electrónico comercial, revelou que está em processo uma reavaliação para tornar o site rentável. Uma das opções poderá passar por cobrar o acesso aos vídeos.

Cerf disse ainda que o investimento da empresa passará pelo acesso à internet através do telemóvel, até porque o primeiro contacto com a rede, nos países em vias de desenvolvimento, é muitas vezes feito através do telemóvel. O guru realçou ainda o papel destes países na produção de conteúdos. “O Quénia, por exemplo, está a contribuir com informação valiosa que não existia até agora no Google Maps”.

As suas perspectivas para o futuro passam pelo desenvolvimento de tecnologia que permita um acesso total à internet a pessoas com incapacidades. “Uso um aparelho auditivo para poder ouvir e tenho alguns problemas com os vídeos na internet. Leio bem nos lábios mas às vezes não consigo entender. Desejo que nos surpreendam rapidamente.”

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