Uma “escolha horrível”

Cinco anos depois, quem se espanta que Macron seja o maior produtor de voto extremista de direita em França?

Como há cinco anos, os franceses estão confrontados com uma “escolha horrível": Marine Le Pen, a candidata da mais consolidada das direitas extremas da Europa ocidental, ou Macron, o mais apurado dos produtos do marketing neoliberal dos últimos anos. Ambos têm níveis de rejeição que rondam os 70%; os dois juntos não representam mais de metade dos votantes. Há dias, aos húngaros ofereceu-se praticamente a mesma opção entre uma direita extrema e uma direita neoliberal/neoconservadora que integra neofascistas. Era bom perguntarmo-nos se terá Orbán razão quando disse que o nosso futuro vai ser este: vermo-nos reduzidos em rituais eleitorais cada vez menos representativos a escolher entre duas direitas que encenam muitas diferenças entre si para, uma vez chegada ao poder, aquela que se descreve como liberal e cosmopolita reproduzir uma boa parte da agenda classista, autoritária e discriminatória da outra.

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Como há cinco anos, os franceses estão confrontados com uma “escolha horrível": Marine Le Pen, a candidata da mais consolidada das direitas extremas da Europa ocidental, ou Macron, o mais apurado dos produtos do marketing neoliberal dos últimos anos. Ambos têm níveis de rejeição que rondam os 70%; os dois juntos não representam mais de metade dos votantes. Há dias, aos húngaros ofereceu-se praticamente a mesma opção entre uma direita extrema e uma direita neoliberal/neoconservadora que integra neofascistas. Era bom perguntarmo-nos se terá Orbán razão quando disse que o nosso futuro vai ser este: vermo-nos reduzidos em rituais eleitorais cada vez menos representativos a escolher entre duas direitas que encenam muitas diferenças entre si para, uma vez chegada ao poder, aquela que se descreve como liberal e cosmopolita reproduzir uma boa parte da agenda classista, autoritária e discriminatória da outra.