“Isto é o futuro”?

A presença generalizada da extrema-direita por toda a Europa faz de Orbán, juntamente com o governo da extrema-direita católica polaca, mais um caso de sucesso que de exceção.

Parece que nem se reparou. O ultradireitista Viktor Orbán ganhou as quartas eleições consecutivas. Há doze anos no poder, Orbán transformou por via constitucional o sistema político húngaro, para dele fazer um caso paradigmático de liberalismo autoritário (liberal nas formas, autoritário no conteúdo), derrotou uma coligação verdadeiramente inacreditável de forças da oposição que vão desde os socialistas aos neofascistas do Jobbik, e que escolheu um candidato para disputar o Governo a Orbán que é toda uma metáfora dos tempos que vivemos: Péter Márki-Zay é um neoliberal de formação americana, contrário ao salário mínimo e a imposto sobre fortunas; católico conservador que, só para efeitos da campanha eleitoral, se comprometeu a deixar de opor-se ao divórcio e ao aborto; e defensor da política de Orbán de bloqueio à entrada de refugiados não europeus.

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