Ucrânia contabiliza mais de 200 crianças mortas desde início da guerra

Donetsk, Kiev e Karkhiv foram as regiões que registaram mais mortes entre crianças que já se elevaram acima das 200. O governo ucraniano estima também que 362 crianças tenham ficado feridas, mas que este número possa ser maior.

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Os bombardeamentos a escolas e a edifícios têm sido os acontecimentos mais mortais para as crianças Reuters/ALEXANDER ERMOCHENKO

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O número de crianças que morreram na Ucrânia desde que os russos invadiram o país, a 24 de Fevereiro, chegou a 205, segundo dados publicados esta segunda-feira pela Procuradoria-Geral ucraniana, através da sua conta na rede social Telegram.

Mais de 362 crianças ficaram também feridas devido a “agressões armadas em larga escala por parte da Federação Russa”, informou o Ministério Público, a propósito de números que não puderam ser confirmados por uma fonte independente, segundo noticiou a agência Efe.

Aquele órgão judicial explica que estes dados “não são definitivos, pois está a ser feito um trabalho para quantificar com precisão” o número de vítimas em locais onde as hostilidades do exército russo estão ainda “activas, nos territórios temporariamente ocupados e naqueles que foram libertados”.

De acordo com os dados oficiais dos promotores juvenis, os locais onde mais mortes ocorreram foram na região de Donetsk, no sudeste, onde 117 crianças morreram, seguida de Kiev, e de Kharkiv, no leste.

Devido a bombardeamentos e ataques de vários tipos por tropas russas, pelo menos 1018 instituições de ensino também foram danificadas, 95 das quais ficaram completamente destruídas.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.