“Devemos manter o poder de compra até porque a inflação está a ser mais alta nos cabazes das classes mais pobres”

No Orçamento do Estado de 2022 continua a faltar indústria, como nos últimos dez, e racionalização nos benefícios fiscais, explica Francisca Guedes de Oliveira, da Católica Porto Business School.

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Francisca Guedes de Oliveira com Mário Centeno LUSA/PEDRO GRANADEIRO

Acha que este é um Orçamento de austeridade como diz a direita?
Não acho que seja um Orçamento de Estado de austeridade, como tivemos no passado no período da troika. O discurso da direita tem sido devido à perda do poder de compra pela inflação, mas tal não faz do Orçamento para 2022 um orçamento de austeridade. Há medidas sociais no campo da educação, da saúde, na alteração dos escalões do IRS, no aumento das pensões, cujo objectivo é aumentar rendimentos. Não são medidas de austeridade e medidas de contracção pelo lado da despesa. No entanto, este não é um Orçamento de Estado claramente expansionista, há o devido cuidado com a o défice e a dívida, seguindo, aliás, o programa do Governo.

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Acha que este é um Orçamento de austeridade como diz a direita?
Não acho que seja um Orçamento de Estado de austeridade, como tivemos no passado no período da troika. O discurso da direita tem sido devido à perda do poder de compra pela inflação, mas tal não faz do Orçamento para 2022 um orçamento de austeridade. Há medidas sociais no campo da educação, da saúde, na alteração dos escalões do IRS, no aumento das pensões, cujo objectivo é aumentar rendimentos. Não são medidas de austeridade e medidas de contracção pelo lado da despesa. No entanto, este não é um Orçamento de Estado claramente expansionista, há o devido cuidado com a o défice e a dívida, seguindo, aliás, o programa do Governo.