Espanha celebra progressos “históricos” nas relações com Marrocos, mas falta pôr muito por escrito

Mohamed VI e Sánchez selam reconciliação em Rabat, onde o primeiro-ministro foi convidado de honra de um iftar. Do ponto de vista de Madrid, a viragem sobre o Sara Ocidental começa a dar frutos.

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Sánchez e Mohamed VI no Palácio Real de Rabat Reuters/MONCLOA

Faltam as palavras “respeito pela integridade territorial” de Espanha no comunicado conjunto saído do encontro entre Mohamed VI e Pedro Sánchez, mas os diplomatas que acompanharam o chefe de Governo a Rabat preferem sublinhar o “reconhecimento histórico” que, a seu ver, constitui o facto de Marrocos aceitar alfândegas em Ceuta – na prática, dizem, isso significa que está a dar passos no sentido de aceitar a soberania espanhola das cidades europeias encravadas no território do país do Norte de África. Mas a verdade é que a aceitação por parte de Marrocos dos controlos alfandegários em Ceuta e Melilla também não ficou por escrito.

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Faltam as palavras “respeito pela integridade territorial” de Espanha no comunicado conjunto saído do encontro entre Mohamed VI e Pedro Sánchez, mas os diplomatas que acompanharam o chefe de Governo a Rabat preferem sublinhar o “reconhecimento histórico” que, a seu ver, constitui o facto de Marrocos aceitar alfândegas em Ceuta – na prática, dizem, isso significa que está a dar passos no sentido de aceitar a soberania espanhola das cidades europeias encravadas no território do país do Norte de África. Mas a verdade é que a aceitação por parte de Marrocos dos controlos alfandegários em Ceuta e Melilla também não ficou por escrito.