Portugueses compram casa tarde e ficam a pagar para lá dos 70 anos

Bancos “esticaram” prazo dos novos empréstimos no último trimestre de 2021, obrigando o Banco de Portugal a intervir. Reestruturação de créditos em moratória pode ter contribuído.

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Empréstimos à habitação são muito longos em Portugal Miguel Manso

O balanço feito pelo Banco de Portugal (BdP) ao cumprimento das recomendações feitas aos bancos na concessão de novo crédito aos particulares é positivo, tendo-se verificado, em 2021, “o cumprimento generalizado” da medida macroprudencial. Também a avaliação feita pelo Comité Europeu de Risco Sistémico aos riscos e vulnerabilidade dos mercados imobiliários residenciais da União Europeia considerou que Portugal se situa no “nível médio”, não tendo merecido, ao contrário de sete outros países, qualquer recomendação específica. Mas isso não significa que que a radiografia do crédito concedido às famílias portugueses, em especial para compra de casa, não apresente características preocupantes para bancos e para os clientes, que a medida macroprudencial pretende travar.

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O balanço feito pelo Banco de Portugal (BdP) ao cumprimento das recomendações feitas aos bancos na concessão de novo crédito aos particulares é positivo, tendo-se verificado, em 2021, “o cumprimento generalizado” da medida macroprudencial. Também a avaliação feita pelo Comité Europeu de Risco Sistémico aos riscos e vulnerabilidade dos mercados imobiliários residenciais da União Europeia considerou que Portugal se situa no “nível médio”, não tendo merecido, ao contrário de sete outros países, qualquer recomendação específica. Mas isso não significa que que a radiografia do crédito concedido às famílias portugueses, em especial para compra de casa, não apresente características preocupantes para bancos e para os clientes, que a medida macroprudencial pretende travar.