A “família” formada pelos laços criados no Casal do Gil teme ficar sem as suas casas

Moradores temem ter de abandonar as suas precárias casas, depois de terem recebido cartas de oposição à renovação de contratos. Proprietário quer construir moradias e garante que haverá pessoas realojadas.

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Cláudia, Luís e Luísa moram no bairro há vários anos. Temem que se perca a "família" e os laços que se formaram ao longo dos anos MATILDE FIESCHI

Luís Tomé olha em redor e volta 50 anos no tempo, quando as casas do Pátio do Casal do Gil eram todas térreas, sem água, luz ou gás. Ele nasceu ali — “mesmo ali” — e nunca saiu da casa que já era dos pais. Aos 60 anos, porém, o receio paira nele e neste pequeno bairro da freguesia lisboeta da Ajuda, depois de o proprietário ter enviado algumas cartas de oposição à renovação de contratos e de lhes ter comunicado que tem outros projectos para o local.

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Luís Tomé olha em redor e volta 50 anos no tempo, quando as casas do Pátio do Casal do Gil eram todas térreas, sem água, luz ou gás. Ele nasceu ali — “mesmo ali” — e nunca saiu da casa que já era dos pais. Aos 60 anos, porém, o receio paira nele e neste pequeno bairro da freguesia lisboeta da Ajuda, depois de o proprietário ter enviado algumas cartas de oposição à renovação de contratos e de lhes ter comunicado que tem outros projectos para o local.