Uma questão de geração

Há dias, realizou-se no Cinema Nimas uma sessão dedicada ao “diálogo de Manuel Gusmão com o cinema”. Maria Filomena Molder fazia uma apresentação desse diálogo intermedia nalguns poemas do homenageado (sim, porque a sessão também tinha um carácter de homenagem); Diogo Dória e Marta Chaves leram poemas e a sessão terminava com a exibição da curta-metragem de João César Monteiro, de 1971, Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço e Une Histoire de Vent, de 1989. Este filme de Joris Ivens forneceu matéria a um conjunto de poemas de Manuel Gusmão, que faz parte do elenco de actores na curta-metragem de César Monteiro. O actor principal, esse, é Luís Miguel Cintra. Jorge Silva Melo foi assistente e director de produção. Por vontade expressa de Manuel Gusmão, na sessão foram evocados Jorge Silva Melo e Gastão Cruz (o primeiro, falecido no início da semana anterior; o segundo, no dia anterior). E aqui temos, convocada numa sessão dedicada ao diálogo da poesia com o cinema, uma bela constelação de figuras excepcionais de uma geração “que recusa envelhecer” (como diriam os bayboomers, nascidos depois de 1968), transitando pelas várias artes sem pedir licença a guardas de fronteira, com um espírito de liberdade e de utopia, mostrando uma crença nas coisas da arte de fazer inveja aos vindouros. Também lhe podemos chamar a “geração lírica”.

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Há dias, realizou-se no Cinema Nimas uma sessão dedicada ao “diálogo de Manuel Gusmão com o cinema”. Maria Filomena Molder fazia uma apresentação desse diálogo intermedia nalguns poemas do homenageado (sim, porque a sessão também tinha um carácter de homenagem); Diogo Dória e Marta Chaves leram poemas e a sessão terminava com a exibição da curta-metragem de João César Monteiro, de 1971, Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço e Une Histoire de Vent, de 1989. Este filme de Joris Ivens forneceu matéria a um conjunto de poemas de Manuel Gusmão, que faz parte do elenco de actores na curta-metragem de César Monteiro. O actor principal, esse, é Luís Miguel Cintra. Jorge Silva Melo foi assistente e director de produção. Por vontade expressa de Manuel Gusmão, na sessão foram evocados Jorge Silva Melo e Gastão Cruz (o primeiro, falecido no início da semana anterior; o segundo, no dia anterior). E aqui temos, convocada numa sessão dedicada ao diálogo da poesia com o cinema, uma bela constelação de figuras excepcionais de uma geração “que recusa envelhecer” (como diriam os bayboomers, nascidos depois de 1968), transitando pelas várias artes sem pedir licença a guardas de fronteira, com um espírito de liberdade e de utopia, mostrando uma crença nas coisas da arte de fazer inveja aos vindouros. Também lhe podemos chamar a “geração lírica”.