Cinco séries com História (de Portugal)

Cinco séries de produção nacional que ajudam a compreender alguns momentos particularmente importantes da história do nosso país.

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Glória

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Glória

Netflix
Com argumento de Pedro Lopes (um dos argumentistas de Auga Seca) e realização de Tiago Guedes (A Herdade), Glória é uma série histórica baseada em factos reais, com produção da SPi, do Grupo SP Televisão, e co-produção da RTP, sendo o primeiro original português para a plataforma Netflix. Filmada no Ribatejo e em Lisboa, e com a Guerra Fria como pano de fundo, a trama tem como temática a espionagem durante os anos 1960 em Glória do Ribatejo (concelho de Salvaterra de Magos, Santarém), numa altura em que, segundo a nota de imprensa, “em Portugal, a ditadura se perpetuava graças ao medo e à repressão da polícia política e a uma guerra em três frentes nas colónias que deixaria marcada uma geração.” Esta série conta com o maior orçamento de sempre na história da produção nacional e junta um elenco de peso: Miguel Nunes, Carolina Amaral, Afonso Pimentel, Adriano Luz, Joana Ribeiro, Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe, Sandra Faleiro, Carloto Cotta, Maria João Pinho, Inês Castel-Branco, Rafael Morais, Leonor Silveira, Matt Rippy, Stephanie Vogt, Jimmy Taenaka, Ana Neborac e Augusto Madeira. Glória estreou-se em Novembro de 2021, na Netflix.

3 Mulheres

RTP Play
Produzida pela David & Golias, segundo uma ideia original de Elsa Garcia e Fernando Vendrell (que também realiza), e argumento de Fátima Ribeiro, Filipa Martins e Luís Alvarães, esta é uma série de ficção histórica sobre três mulheres reais: a poetisa Natália Correia (1923-1993), a editora Snu Abecassis (1940-1980) e a jornalista Vera Lagoa, pseudónimo de Maria Armanda Falcão (1917-1996). Estreada em Outubro de 2018 no canal público, a história é contada em 13 episódios e foca-se em dez anos das suas vidas – de 1961 a 71. Durante esse tempo, cada uma delas lutou contra a censura e desempenhou um importante papel na queda do Estado Novo. Com Soraia Chaves, Victória Guerra e Maria João Bastos a dar-lhes vida, a série conta ainda com as actuações de Fernando Luís, João Pedro Jesus, Pedro Lamares, Ana Padrão, João Lagarto, Filipa Areosa, Rui Morisson e Manuel Wiborg.

O Atentado

RTP Play
“Corria o ano de 1937. António de Oliveira Salazar já erguera as mais sólidas estruturas do Estado Novo. De entre elas, emergia a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado que perseguia quem se opunha à ditadura”. São estas as palavras que apresentam o espectador à história escrita por Francisco Moita Flores e realizada por Jorge Paixão da Costa. Esta série de época, que se apoia em informações do processo oficial do caso, incide sobre o atentado à vida de Salazar, ditador de Portugal, ocorrido pouco depois das dez da manhã do dia 4 de Julho de 1937, quando saía do seu automóvel oficial para assistir à missa, e na consequente caça ao homem. Apesar de Salazar não ter sofrido quaisquer ferimentos, a operação organizada por anarquistas e comunistas foi usada pela máquina de propaganda do Governo, resultando numa glorificação do Estado Novo. A dar vida às personagens estão Tomás Alves, Laura Dutra, Joaquim Nicolau, Gonçalo Botelho, Anabela Moreira, João Craveiro, Diogo Martins e José Pedro Vasconcelos, entre outros.

Pedro e Inês

Arquivos RTP
Produzida para a RTP em 2005, por ocasião do 650.º aniversário da morte de Inês de Castro, esta série conta com argumento de Francisco Moita Flores e realização de João Cayatte – também conhecido pelas séries João Semana, Quando os Lobos Uivam ou Vento Norte. Ao longo dos seus 13 episódios, seguimos o amor trágico entre D. Pedro e D. Inês de Castro, desde a chegada dela a Portugal, em 1336, enquanto dama de companhia de D. Constança Manuel, a princesa prometida ao futuro rei, até à sua coroação, que aconteceu já depois de ter sido assassinada a mando do rei D. Afonso IV (filho de D. Dinis, protagonista da história contada em A Rainha e a Bastarda, que destacamos em baixo). Combinação de acontecimentos reais e ficcionais, Pedro e Inês destaca também alguns eventos que marcaram a época, desde as pestes que assolaram o país aos confrontos com Castela. As filmagens decorreram na Mata dos Sete Montes (Tomar) e no Mosteiro de Alcobaça, onde ainda hoje se encontram os túmulos dos dois amantes. No elenco encontramos alguns dos mais importantes actores portugueses, entre eles Nicolau Breyner, Ana Moreira, Ana Bustorff, Leonor Seixas, Filomena Gonçalves, Pedro Laginha, Fernanda Lapa, Sofia de Portugal, Duarte Guimarães, António Montez, António Capelo, José Eduardo, Adriano Carvalho, Carla Chambel, José Fidalgo, Manuel Wiborg, Paula Lobo Antunes e Luís Esparteiro.

A Rainha e a Bastarda

RTP e RTP Play
Crime, intriga e conflito dão o tom a esta série de ficção histórica portuguesa. Em 1320, o rei D. Dinis, casado com Isabel de Aragão (a Rainha Santa), está em guerra com o filho (e futuro rei) Afonso IV, que receia perder o trono por causa da preferência do pai por outro filho. É então que o monarca recebe a notícia de que Maria Afonso, sua filha bastarda, foi violada e assassinada, e pede a Lopo Aires Teles, seu fiel escudeiro, que encontre o responsável. Produzida pela Fado Filmes, A Rainha e a Bastarda verte para a televisão o livro homónimo de Patrícia Müller, que também escreve o guião. Atrás das câmaras está Sérgio Graciano. À frente delas, actores como Rúben Gomes, Maria João Bastos, Diogo Martins, Miguel Raposo, Madalena Almeida, Paulo Rocha, Anabela Moreira, Sérgio Praia ou André Gago. Os oito episódios, que a RTP1 está a emitir à quarta-feira, também podem ser vistos na RTP Play. Sílvia Pereira