Há 50 anos eles eram muito ansiosos

Esta edição impressa do PÚBLICO vai entrar numa cápsula do tempo e ali ficará até 2074 – no âmbito das comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril. Em vez de projectar uma carta para o futuro, arriscamos a ideia sobre como este jornal será lido nessa era

A tentativa de guardar o tempo para evitar que o tempo contamine o curso da vida das pessoas e dos países é tão antiga como o seu fracasso. A cápsula do tempo que nos foi deixada em 23 de Março de 2022 para ser aberta esta manhã é mais uma dessas tentativas e mais uma dessas derrotas. Quando o Mestre da Sequência Finita de Acções Executáveis a abriu e revelou aos Técnicos Supremos as notícias (assim se chamavam os registos) desse dia distante, teceram-se sorrisos e recordou-se esse tempo de inocência. Em que havia governos, ideias, política, guerras, incerteza, drama e paixão. Em que se acreditava que uma forma de governo chamada democracia, inventada na era do carvão, durasse até hoje, na era dos hologramas tangíveis.

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A tentativa de guardar o tempo para evitar que o tempo contamine o curso da vida das pessoas e dos países é tão antiga como o seu fracasso. A cápsula do tempo que nos foi deixada em 23 de Março de 2022 para ser aberta esta manhã é mais uma dessas tentativas e mais uma dessas derrotas. Quando o Mestre da Sequência Finita de Acções Executáveis a abriu e revelou aos Técnicos Supremos as notícias (assim se chamavam os registos) desse dia distante, teceram-se sorrisos e recordou-se esse tempo de inocência. Em que havia governos, ideias, política, guerras, incerteza, drama e paixão. Em que se acreditava que uma forma de governo chamada democracia, inventada na era do carvão, durasse até hoje, na era dos hologramas tangíveis.