Na senda de uma “liberdade electrificada”, Compass e Renegade são os primeiros full hybrid da Jeep

Depois de ter avançado com as versões híbridas de ligar à corrente, a Jeep integra soluções full hybrid para o Renegade e o Compass, o que lhe permite baixar emissões sem disparar preços.

Fotogaleria

A Jeep é um sucesso na Europa, mas não tem tido a vida facilitada, à medida que é exigido à marca norte-americana, que ao longo das décadas se notabilizou pelo seu trabalho nos motores Diesel e pelas mecânicas a gasolina V8, que controle as suas emissões. O primeiro passo foi dado com propostas térmicas, mas com motor eléctrico recarregável, que denominou de 4xe. Agora, avança com a inclusão de sistemas híbridos completos para o Renegade e o Compass, o que lhe permitirá reduzir emissões nas versões 4x2 sem que os preços disparem, ao mesmo tempo que lança o mote de uma “liberdade electrificada”.

No caso do Renegade, por exemplo, a entrada de gama a gasolina faz-se nos 25.350€, enquanto as propostas plug-in arrancam nos 40.050€. Já o e-Hybrid comercializa-se a partir de 32.850€ (de 130cv, com mais 10cv que o gasolina sem apoio eléctrico e caixa DCT).

A primeira grande diferença é o facto de, tal como acontece com praticamente todos os híbridos, o arranque se pautar pelo silêncio, já que, por defeito, é realizado em modo eléctrico. Depois, durante a condução, basta levantar o pé do acelerador para se andar “à vela” – a função e-coasting permite uma poupança significativa quando se tem pela frente estrada a direito. Em percursos de curvas e contracurvas, o sistema e-braking, accionado sempre que se carrega no travão, promove a regeneração da bateria.

Foto
Mattia Baruffaldi�

Em qualquer um dos momentos anteriores, o motor de combustão está desligado. Assim como quando estamos parados no trânsito, no pára-arranca. No entanto, do que se pode perceber em algumas voltas a passagem não é agressiva, notando-se que a mecânica térmica entra em acção de forma gradual, ainda que a função e-boosting admita a resposta rápida, graças ao apoio do motor eléctrico.

Tudo isto, explicou o chefe engenheiro Marco Montaldo na apresentação que decorreu na sede em Turim, obedece a um algoritmo, desenvolvido para que o sistema decida, a cada instante, qual o melhor mecanismo a usar e como, tal como se verifica nos plug-in quando escolhido o modo de condução híbrido.

Tanto no Renegade como no Compass e-Hybrid (desde 38.300€, mais 5500€ que o gasolina de 130cv), o sistema assenta num motor quatro cilindros a gasolina, de 1.5 litros turbo – que, além de debitar os 130cv de potência referidos, oferece um binário máximo de 240 Nm –, associado a um motor eléctrico de 15 kW.

Nas prestações, o Compass reclama uma aceleração de 0 a 100 km/h em 10 segundos, com uma velocidade máxima de 193 km/h. O consumo médio homologado é de 5,6 l/100 km, ao passo que as emissões de CO2 se ficam pelos 128 g/km (o a gasolina sem apoio eléctrico emite desde 152 g/km). No caso do Renegade, as cifras das prestações andam nos 9,7 segundos e 191 km/h; o consumo é de 5,7 l/100km e as emissões de 130 g/km.

Ainda no capítulo das novidades, a Jeep lança com os modelos híbridos um novo nível de equipamento, o Upland, que prima pela preocupação com a sustentabilidade. Ou seja, segundo Rossella Guasco, responsável pela secção de cores e materiais, que no seu currículo tem o bem-sucedido Fiat 500, houve uma procura, ao longo do desenvolvimento, por parceiros que tenham políticas sustentáveis, ao mesmo tempo que se apostou no uso de materiais provenientes de matérias recicladas e cujos processos de produção cumpram todas as normas ambientais. Assim, considera, passa-se a ter automóveis com mecânica mais verde com revestimentos a condizer.