Olhar a cores, decidir a preto e branco

A obrigação para quem tem uma escrita pública é perceber que a complexidade da história pode e deve ser compreendida, e que não olhar para as coisas a preto e branco não impede que se tenha posição, bem pelo contrário.

Era de manhã cedo e uma pequena delegação da NATO estava à espera de ser recebida no Ministério da Defesa russo, pouco tempo depois do fim da URSS, com uma Federação Russa, ainda indefinida no seu novo estatuto de ex-URSS, e existia a Comunidade de Estados Independentes como instituição de transição. Havia um português, eu, um americano militar ligado aos serviços de informação do exército, sempre à civil, um holandês e um general inglês, que alternava a farda com roupa civil, e que trazia um ajudante de campo que lhe transportava a mala. Um grupo bizarro, num tempo bizarro, num sítio não menos bizarro, e altamente improvável.

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Era de manhã cedo e uma pequena delegação da NATO estava à espera de ser recebida no Ministério da Defesa russo, pouco tempo depois do fim da URSS, com uma Federação Russa, ainda indefinida no seu novo estatuto de ex-URSS, e existia a Comunidade de Estados Independentes como instituição de transição. Havia um português, eu, um americano militar ligado aos serviços de informação do exército, sempre à civil, um holandês e um general inglês, que alternava a farda com roupa civil, e que trazia um ajudante de campo que lhe transportava a mala. Um grupo bizarro, num tempo bizarro, num sítio não menos bizarro, e altamente improvável.