Era um dinossauro com predilecção por peixe. Andou pelo Cabo Espichel

Equipa de Octávio Mateus identifica em Portugal um dinossauro novo para a ciência, com 130 milhões de anos. Era um predador de mares pouco profundos, como era então o da região onde viveu.

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Pormenor da ilustração do Iberospinus natarioi

Há mais de duas décadas, o paleontólogo amador Carlos Natário deparou-se com a mandíbula de dinossauro nas suas deambulações à procura de fósseis nas arribas do Cabo Espichel, na zona de Sesimbra. Ofereceu-a ao Museu da Lourinhã – que, por sua vez procedeu a escavações entre 2004 e 2008 e acabaria por encontrar mais fósseis onde a mandíbula com um dente agarrado tinha sido localizada em 1999, na formação geológica do Papo-Seco, na Praia das Aguncheiras. A equipa de Octávio Mateus viria a atribuir esses fósseis ao famoso dinossauro Baryonyx walkeri. A história, porém, não acabava aí. Num artigo científico publicado esta quarta-feira, agora na posse de mais ossos de uma nova escavação em 2020, a equipa do paleontólogo português diz que, afinal, é um dinossauro de um género e espécie novos para a ciência – o Iberospinus natarioi. É a ciência a ser ciência, ou seja, o processo científico tal qual se faz claramente à vista de todos.

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Há mais de duas décadas, o paleontólogo amador Carlos Natário deparou-se com a mandíbula de dinossauro nas suas deambulações à procura de fósseis nas arribas do Cabo Espichel, na zona de Sesimbra. Ofereceu-a ao Museu da Lourinhã – que, por sua vez procedeu a escavações entre 2004 e 2008 e acabaria por encontrar mais fósseis onde a mandíbula com um dente agarrado tinha sido localizada em 1999, na formação geológica do Papo-Seco, na Praia das Aguncheiras. A equipa de Octávio Mateus viria a atribuir esses fósseis ao famoso dinossauro Baryonyx walkeri. A história, porém, não acabava aí. Num artigo científico publicado esta quarta-feira, agora na posse de mais ossos de uma nova escavação em 2020, a equipa do paleontólogo português diz que, afinal, é um dinossauro de um género e espécie novos para a ciência – o Iberospinus natarioi. É a ciência a ser ciência, ou seja, o processo científico tal qual se faz claramente à vista de todos.