Mais de 560 milhões de euros bloqueados por suspeitas de lavagem de dinheiro

Procurador que coordena prevenção do branqueamento alerta para o facto de Portugal ser um dos poucos países da Europa em que as mais-valias obtidas com a venda de criptomoedas não pagam imposto, o que nos torna um paraíso fiscal neste tipo de actividade.

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Em 2020, foram pela primeira vez feitas mais uma dezena de milhar (11.524) comunicações de operações suspeitas. Leonhard Foeger

A Justiça portuguesa bloqueou operações bancárias com um valor superior a 560 milhões de euros, em 2020, por suspeita de que as mesmas estavam a servir para lavar dinheiro obtido de forma ilícita ou para financiar terrorismo. Nesse ano, foram feitas 11.524 comunicações suspeitas ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e à Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária, por diversas entidades, mais 28% do que as quase 9000 efectuadas no ano anterior. Foi a primeira vez que os procedimentos de prevenção do branqueamento ultrapassaram a dezena de milhar.

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A Justiça portuguesa bloqueou operações bancárias com um valor superior a 560 milhões de euros, em 2020, por suspeita de que as mesmas estavam a servir para lavar dinheiro obtido de forma ilícita ou para financiar terrorismo. Nesse ano, foram feitas 11.524 comunicações suspeitas ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e à Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária, por diversas entidades, mais 28% do que as quase 9000 efectuadas no ano anterior. Foi a primeira vez que os procedimentos de prevenção do branqueamento ultrapassaram a dezena de milhar.