Viragem no BCE torna possível subida dos juros já este ano

A inflação não é afinal tão temporária como o BCE pensava. Christine Lagarde mudou o tom do discurso e, em Março, vai decidir se a subida dos juros, com consequências imediatas para empresas, famílias e Estado, pode mesmo acontecer já este ano.

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Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) EPA/Thomas Lohnes / POOL

Foi o último grande banco central mundial a ceder, mas ao fim de meio ano a insistir que a subida da inflação não seria mais do que um fenómeno passageiro, o BCE reconhece agora que, afinal, a variação elevada dos preços actual deverá persistir até ao final do ano e, talvez mesmo, conduzir a um aumento das pressões inflacionistas no médio prazo. É uma viragem acentuada das expectativas em Frankfurt que torna possível uma subida das taxas de juro de referência do banco central já este ano, com consequências negativas para o custo das dívidas assumidas pelo Estado, empresas e famílias portuguesas.

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Foi o último grande banco central mundial a ceder, mas ao fim de meio ano a insistir que a subida da inflação não seria mais do que um fenómeno passageiro, o BCE reconhece agora que, afinal, a variação elevada dos preços actual deverá persistir até ao final do ano e, talvez mesmo, conduzir a um aumento das pressões inflacionistas no médio prazo. É uma viragem acentuada das expectativas em Frankfurt que torna possível uma subida das taxas de juro de referência do banco central já este ano, com consequências negativas para o custo das dívidas assumidas pelo Estado, empresas e famílias portuguesas.